sexta-feira, 7 de dezembro de 2012


ROMANCE TERRA DE MARATHAOAN.


CAPÍTULO 10

Conversando a patroa dona Mara Rúbia, Maria da Conceição emendava:

-Barras é que é o lugar, disse ela. É lá que quero ir morar com meus filhos.

Não conhecia muito a cidade; mas podia mais ou menos saber o que as circunstâncias na zona urbana acarretariam nas vidas deles, uma grande mudança. Tem serviço dado pela emergência para fazer a barragem da Boa Vista. Mais ela redobrou a atenção no como ganhar o pão de cada dia, lá na cidade, o que iria fazer para trabalhar. Antes de viajar, continuou a mulher, um movimento de espanto seguiu-se a um movimento de ansiedade.

-Como seria em Barras?

Lembrou-se que quando mais moça fora namorada de um rapaz que morava por lá, e por um momento lisonjeou-se com a idéia de que o velho amor se houvesse se lembrado dela, quando passou por aquele fim de mundo vendendo bugigangas. Contava piamente com a ajuda do irmão que morava lá. Ela uma mulher dado ao gênio de sonhadora, imaginava na cidade de Barras, um legítimo oásis ou fonte de emprego e prosperidade para a família, enfim a “Terra dos Governadores” seria o lugar que realizaria os sonhos quando partisse do decadente interior do município.

Na porta de entrada do rosto da mulher, um par belo de dois olhos escuros, um cabelo encaracolado e negro e muita força de vontade de vencer. Desde que viesse do interior para a cidade, Maria da Conceição, uma sonhadora em questão teve que ser vaporosa e ter um ideal como meio de realização de seus sonhos e sobrevivência da família de três filhos e ainda suportar o abandono do marido. 

Ela via o contraste de como difícil conseguir o alimento e como que lutava pelo trabalho duro nos babaçuais no dia a dia. O chá de erva cidreira ás vezes costumeiramente o café e o leite da família e servia a alimentação adicionando massa de goma feita os beijus, doados pelos vizinhos para acudir às urgências do estômago dos dois filhos maiores.

Ás vezes ela tinha vontade de ir rapidamente para a cidade de Barras e isso se percebia pela fala angustiada nos lábios trêmulos de murmúrio como harpa tocada ao vento; o seu amor pela família, pela vida transformava-se na angústia e desespero da falta de dinheiro e a miséria companheira constante como um suspiro da falta de condições sociais. 

O marido viajara pra bandas do Maranhão e após seis anos sem dar notícias, retornou numa correspondência o fim do casamento, o desfeito terminou que Maria da Conceição abandonada por ele não tinha mais esperanças da união. 

A figura da pobreza e os sonhos na vida da mulher não são os temas principais que contarei da heroína desse romance e sim o conveniente sonho da oportunidade de trabalho na cidade de Barras e a ação dos políticos da época em períodos de eleições municipais.