quinta-feira, 13 de junho de 2013

A NOVA FACE DA POLÍTICA BARRENSE

"Em Barras como nas demais cidades piauienses a perpetuação de pessoas da mesma família na política é até uma regra geral, se não fosse às últimas exceções a prefeito de Barras. Nas duas últimas legislaturas barrenses, esse fato foi rompido, mas sem antes os velhos políticos profissionais não deixarem de darem uma mãozinha! Até parece que os cargos políticos são hereditários e privativos. Vários são os nomes da política barrense que se perpetuam no poder há anos, transformando cargos elegíveis em uma espécie de carreira política.
Há anos, dois grupos em Barras que disputam o poder e se revezam nos cargos políticos. Fazem uma espécie de “Política Bilateral” que domina o cenário político da cidade e tem um histórico de perpetuação hegemônico desses grupos familiares no poder, criando assim uma espécie de profissionalização da prática. Segundo o professor Ricardo Arraes, do departamento de História da UFPI - Universidade Federal do Piauí, “ao se fazer uma radiografia do que chama de elite política piauiense”, o pesquisador discute elementos que permitem a concentração de poder nas mãos de grupos e personagens políticos.
O cenário político que determina essa realidade está muito atrelado ao seu desenvolvimento econômico ou industrial, fato que impede mudanças significativas. Em Barras não é diferente, mas nos últimos dois anos mudanças significativas vem acontecendo. Uma nova espécie de subsistema político barrense apoiado pelos políticos de carreira tem mudado lentamente o quadro e apresentado uma capacidade de se impor a ordem histórica dos governantes barrenses.
A política barrense tem desenvolvido e fabricado novas adaptações de políticos, pluralizando uma nova prática que permite estabelecer conexões e tradicionais.
Famílias tradicionais ainda controlam a política sob um novo prisma. Controlam a máquina administrativa com novas faces e marionetizam continuamente, como novas peças de reposição das elites em detrimento dos chamados “fichas sujas”, deixando aberto o caminho para os novos herdeiros políticos empresariais.
Podemos perceber que essas novas peças de reposição na política barrense, com o tempo é apenas um substituto temporariamente da verdadeira máscara da hereditariedade política e com isso, abre caminhos para o novo subsistema político de substituição da elite barrense. Fica claro, que há uma perpetuação há décadas do engarrafamento e engessamento dos cargos políticos, para uns chamados políticos de carreira. No entanto, o quadro de mudança dessa realidade começa a transformar-se. Exemplo disso, vemos na reformulação quase que 100% da Câmara dos Vereadores que ainda traz velhas figurinhas carimbadas com suas arcaicas formas de fazer política dentro daquela Casa. Em muitos casos o continuísmo dos pais se faz presente com a chegada dos filhos!
Portanto, acontece que todo o processo ocorre por conta do próprio eleitorado passivo, acanhado, tímido, que tem a tendência de apoiar-se, nessas novas peças de reposição, como salvadores da Pátria ou até mesmo apostando numa nova forma do fazer política. Esse novo subsistema acontece pelos mesmos procedimentos eleitorais democráticos, pelo qual as elites políticas têm transformado nos últimos anos, os cargos políticos em estabilidade profissional e pessoal".
OPINIÃO BARRAS




É um blog opinativo e principal meio de canalização de ideias, veículo que vem para divulgar as ações criativas do nosso povo cidadão, com elogios e críticas que visem uma melhor integração da sociedade nas decisões políticas do município de Barras. Aqui, não se trata de veículo de situação ou oposição, mas de debates, críticas, elogios, sugestões para a conscientização do cidadão no âmbito do social. 

Opinião Barras não é atrelado a partidos políticos, é apenas um blog com divulgação de matérias pertinentes a sociedade, aglutinando manchetes jornalisticas dos principais meios de comunicação de Barras, apenas mais uma ferramenta de construção do pensamento social e informação aos leitores. 

Não se trata, somente de Política, Religião, Pensamento Filosófico ou Sociológico, trata-se de um blog que levará informações, artigos opinativos, e que o cidadão barrense pode está interagindo ao enviar seus textos. Nasce, o OPINIÃO BARRAS.
HÁ UM COLAPSO NO JORNALISMO BARRENSE


*Joaquim Neto Ferreira

Primeira coisa que um leitor crítico faz é questionar os fatos, é refazer toda a matéria mentalmente, enxugar a reportagem diante do social, desenhar os aspectos culturais, sociais e político do fato em questão. Na atualidade, o mundo em constantes mudanças, quem não inova e renova, fica no arcaísmo editorial, na retaguarda dos fatos. Partindo dessa premissa, o jornalismo barrense passa por uma fase tenebrosa, de sobrevivência, de autoafirmação ou até mesmo de declínio.

Há um colapso de uma parte da mídia barrense, esta chegou antes mesmo da falência. O jornalismo unilateral dos novos tempos, dos novos rumos não é vacinado pela linha editorial de defesa e ataque. É sim do jornalismo de vanguarda, que sobrevoa as principais matérias e compõem e não decompõem as matérias, pois estas devem ter núcleo duro e certo.

Entretanto, os que são oposicionistas ou situacionistas, logo, logo estarão à deriva, sem frota de leitores, também sem matérias de expediente, a ver navios. É assim a arte popular de sentenciar certos portais a vereditos inapeláveis. O jornalismo sensacionalista, mercador, tendencioso ao ataque e a defesa, com os dias vai a pique. Naufraga no próprio egoísmo dos que se acham populares, em primeiro lugar.

É bem verdade que chega de bagres, de palavrões, bajulação e certas cabeças deveriam experimentar o fio gelado da guilhotina. Cabeças jacobinas e girondinos. Vemos um emagrecimento tendencioso e insanável das matérias, uma engorda do clamoroso empobrecimento da reportagem maquiada, manipulada, refeita e ditada pelo senhor feudal aos vassalos subservientes e que para o leitor mais atento, deixa margem a dúvida a veracidade.

Por conseguinte, a notícia deve ser um setor que viva, e viva a uma de suas mais graves crises do jornalismo barrense, e para sobreviver frente ao leitor mais crítico, só pela notícia de qualidade, que é aclive do produto a ser oferecido.  Enquanto, o jornalismo barrense uiva, torce e distorce pela espiral descendente do partidarismo, de olho em 2014, floresce um jornalismo que alivia que não suprime que causa a discussão efetiva, que tem matérias ostensivas, que acelera sem a decadência de ser só mais uns.

Barras ecoam em murmúrios que escapam de quando em vez, carece de um jornalismo que deve ser puro, impar, único, exclusivo. Informar-se ali, buscar-se acolá. Jornalismo não deve rastejar aos pés de senhores todo poderoso, verdadeiro conde de Monte Cristo, ou mercadores mecenas. Dizer amém ao senhor feudal. Deve-se mesmo perseguir o furo da notícia como acontece, mas sofisticado, ser de informações gratuitas e de qualidade a oferecer ao povo, ao leito, ao público sedento por notícias. Não de informações pagas, maquiadas, manipuladas, feitas e refeitas, coisa flexível, ideológica de uns.

Duas observações são obrigatórias. Um veículo de jornalismo, chamado de Portal de Notícias no mínimo para não avocar a suavização de um fracasso, deve com base em uma mudança sistêmica apertar de vez a concorrência, que ainda segue o modelo tradicional e arcaico de jornalismo ataque-defesa. Sobressai-se, o Portal que mitiga e não sonegada ao leitor, que não se submeti a matérias pagas, mas que constrangi a desordem dos fatos.

Deparamo-nos, cotidianamente com uma corrosão dos velhos palavrões genéricos, das matérias copiadas e coladas, matérias fixas de ideologias programadas; dos que não praticam jornalismo, mas se reportam a qualquer coisa que não seja aquilo. Uma singularidade precisa ter resposta, o jornalismo dominante que ora fracassa, tem um motivo, vira as costas ao povo de Barras.

Se o jornalismo envelhece, é obsessivo e algo de novo tende a nascer. Portanto, o jornalismo de pauta mumificada, pauta fixa, pauta manipulada chega até ter sua saturação. Tudo que o foco narrativo é repetitivo, com certeza vai ao esgotamento. Há quanto tempo às manchetes disparadas do governo e contra o mesmo deixam de surpreender o leitor?

Sempre, toda hora. Existe algum motivo para ler um portal assim, com matérias direcionadas, apologias que esmaga os limites crítico do novo universo do leitor inteligente, atencioso aos mínimos detalhes. Nosso jornalismo deve ser progressista, deve partir da ressonância dos grandes fatos, dos grandes debates do desenvolvimento social e acompanhar essa cadeia de acontecimentos municipais.

*Escritor, poeta, especialista em Negociações Policiais – Polícia de Córdoba – Argentina-Brasil- PMPI. Formado em Letras Português. Foi editor do jornal Força Jovem Barras- Pi.