quinta-feira, 31 de maio de 2012


NA ESSÊNCIA DA ALMA POÉTICA - POESIAS GÓTICAS -2009


CARNE E ESPÍRITO


Nas noites de treva em busca do desejo,
Sou a libido na carne do amante embelecida,
Que desvirginando o corpo num beijo,
Fez da beleza linda e envaidecida,


Delírio no seio sentido da paixão,
Da chama de corpos adolescentes,
Sou Vida e Morte, sou Emoção.
Sou tudo que é nefasto e indecente.


Da utopia no sonho da vaidade sentindo,
Sou errante dos ermos prazeres mundanos,
Sigo possuído na carne pela alma do profano,


Em cada humano pervertido delinqüindo,
Sou Carne e espírito em bacanais se amando,
Sou o prazer nas orgias do pecado sentindo.


AMARGOS VERSOS


Elogio a loucura na viagem da mente,
Pelo fogo bravo das chamas de mui paixão,
Que embalam ardendo em brasas o coração,
Das lembranças vãs e quentes que somente,


Quem sente é um poeta e visionário,
Que arrebenta queimando em meu peito,
Este amargo e gostoso verso feito,
De um abrasador poema coronário.


Sou a Dor no fogo da saudade,
Da partida o adeus na solidão,
Do divino a fonte da inspiração,


O Olimpio sagrado mui enaltecido,
De Vênus o segredo da felicidade,
De muitos o pensamento esquecido.

quarta-feira, 30 de maio de 2012


NA ESSÊNCIA DA ALMA POÉTICA - POESIAS GÓTICAS - 2009


LEMBRANÇA DO RIO




Beirando o rio por trás da serra,
Encerrado pelas belas cachoeiras,
Exalando o cheiro molhado da terra,
Pelo canto da passarada nas aroeiras.


Nos doces banhos ribeirinhos,
E nas altas colinas a paisagem,
De uma linda e rica imagem,
Do vento levando em onda os passarinhos.


Lavadeiras espumando a vida,
No sobe e desce da roupa,
Limpando o suor na batida.


Ao longe o pescador pescando,
Com sua rede o alimento,
No rio do meu pensamento.


RITUAIS




Passos sem rastro de devoção,
Pelo fúnebre leque de alecrim,
Sombras, túmulos que se vão,
Nas sombras escuras assim.


Sarais de grito sem fim,
Pelo mosteiro pagão,
Pentagramas de Salomão,
Nos círculos de marfim.


Encruzilhadas de luzes,
Crucifixo de diamantes negro,
Condes, e nobres de capuzes,


Musas com rosto de fogo e água,
Chamas que acalentam e afaga,
As mãos que apedrejam.

terça-feira, 29 de maio de 2012


NA ESSÊNCIA DA ALMA POÉTICA - POESIAS GÓTICAS - 2009


DELÍRIO DE AMANTES


Da amada beijando o néctar fecundo e doce dos lábios,
Nos mares bravios e vaidosos de uma cama,
Do falar enigmático no mistério dos sábios,
Nus corpos em delírios rolando na grama.


Cativeiros de amantes em substância vão urrando,
Loucos devaneios em soluços e gritos de lobos,
Gemidos insanos que transpiram gritando,
Na libido erótica e oculta de seres libertinos e bobos.


Seios assediando a ironia de decompostos olhares,
São raras pedras que no espetáculo são preciosas,
De raros brilhantes fecundos em belos colares.


Do ventre escultura impessoal da deusa Afrodite,
Das mãos maliciosas de prazer e por demais ociosas,
Lactando sussurros de fantasias e fascinação.


GADO NA COLINA


Por entre as nuvens e colinas,
E ao longe os gados na serra,
E doces lembranças das meninas,
E o cheiro molhado da terra.


Vaqueiros no campo laçando,
Feito artista o gado valente,
Os bois no curral vão mugindo,
E de longe seu choro ouvindo.


Seu gemido clamando feita criança,
Detrás das madeiras aprisionado,
Ao cair da tarde a esperança,


no outro amanhã libertado,
A pastar pelo caminho somente,
A verde relva vivente.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O LIVRO QUE PROJETOR O  ESCRITOR/POETA JOAQUIM NETO FERREIRA NO CENÁRIO DA LITERATURA PIAUIENSE.


SUCESSO DE CRÍTICA.


NA ESSÊNCIA DA ALMA POÉTICA



APRESENTAÇÃO

O homem é um aprendiz, a Dor é a sua mestra,/E ninguém se conhece enquanto não sofreu. (ALFRED DE MUSSET)

É com esse pensamento de Alfred Musset que vos apresento este livro que traduz o sentimento revolucionário do resgate poético num espírito inovador e ousado. Antes de ler “Na Essência da Alma Poética”, faça uma reflexão a seu estado de espírito e busque na consciência a preparação da mente para uma viagem na Essência da Alma Poética.


Versos Inscritos numa Taça Feita de um Crânio:

Não, não te assustes: não fugiu o meu espírito
Vê em mim um crânio, o único que existe,
Do qual, muito ao contrário de uma fronte viva,
Tudo aquilo que flui jamais é triste.
Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri;
Que renuncie e terra aos ossos meus
Enche! Não podes injuriar-me; tem o verme
Lábios mais repugnantes do que os teus.
Onde outrora brilhou, talvez, minha razão,
Para ajudar os outros brilhe agora e;
Substituto haverá mais nobre que o vinho
Se o nosso cérebro já se perdeu?
Bebe enquanto puderes; quando tu e os teus
Já tiverdes partido, outra gente
Possa te redimir da terra que abraçar-te,
E festeje com o morto e a própria rima tente.
E por que não? Se as fontes geram tal tristeza
Através da existência-curta do dia-,
Redimidas dos vermes e da argila
Ao menos possam ter alguma serventia. (Lorde Byron)

PREFÁCIO
O ponto de partida desta obra é surpreendentemente 
simples “a Essência da Alma da Poesia” que é um processo de 
conhecimento subjetivo e assim, se o objetivo é compreender a 
poesia na sua Essência, é necessário entender como nosso estado 
de espírito conhece o mundo e o saber poético. 
Eis o que a Poesia deste livro abriu caminhos para uma 
melhor cognição da vida e nos faz elevar nossa imaginação acerca 
das coisas. Este livro traz um pouco da experiência no meio 
acadêmico e literário e seus versos instigam a curiosidade do 
leitor. 
No Renascimento, a poesia em suas diversas formas vinha sendo 
vista como a representação da imaginação do autor sobre 
um prisma da fantasia, ou seja, as produções literárias eram 
consideradas construções da mente humana sobre o contexto da 
ilusão criada pela mente sem levar em consideração o aspecto do 
contexto social vigente. 
A ideia de fazer um livro de poesias nasceu há anos e elas 
não vieram já prontas. Na Essência da Alma Poética traz em suas 
poesias um ecletismo tendencioso ao ultra-romântico por ter em 
seu conteúdo uma fonte de muita subjetividade da alma.



Com uma poesia de fácil compreensão vista que não 
precisa de alegorias redundantes com vocábulos 
incompreensíveis e falsos neologismo para levar até o leitor sua 
fácil interpretação. 
É com muito orgulho que ofereço a todos os leitores deste 
livro que é simples na sua forma mais feito com todo o carinho 
pensando em cada um dos que leem esta obra. 
Meus 
agradecimentos e deliciem-se fazendo uma viagem Na Essência 
da Alma Poética.







O autor.


NA ESSÊNCIA DA ALMA POÉTICA - POESIAS GÓTICAS - 2009



ANTES DA HORA


Só desejo silenciosamente que possam ver linda a aurora, 

Dessa longa noite incessante e pálida que foi escurecida,


Impaciente demais nessas sombras vai antes da hora,


No crepúsculo que descansa a sede da existência na vida.


Oculto o desinteresse nessas madrugadas e o desalento,
No declínio frio de minha tristeza que tece a apatia,
Dos desafios incoerentes dos lamentos da vida que atento,
Na desesperança inconsequente que se respira num dia.


Tudo se fez na inércia e no silêncio desse momento,
O acúmulo falso dos planos declinados e desfeitos,
Na menopausa que é espelho vil do pensamento,


No próprio desencanto contraditório e inquieto do leito,
Que são descanso e impulso da solidão no medo,
Do triste amanhã insensível que a alvorada assistiu e se vai.



DESEMBARQUE


Seguindo e cambaleando feito trem nos trilhos da vida,
Não encontrando a estrada vazia nos dias do futuro,
Que de num destino opulento e amplo no obscuro,
Foi vagão descarrilado no suspiro da alma desiludida.


Que partindo humilhado na volta sem ermo e sem rimo,
Facultando na origem rumores dos olhares afetuosos,
Das vísceras pútridas na face das carnes sem ossos,
Do olhar firme e triste no desprezo de um choro de menino.


Braços ao vento levantados e despertando vozes cantando,
Uma ladainha triste que fascina e esvazia o interminável,
De uma melancolia a vagar e que vela o alívio, no entanto,


Do enevoado mármore frio que é leito gélido e brando,
Nas parafinas de luzes que se dissolve e vão acendendo,
O clarão da alma vivente que na pá de terra vai enterrando.





domingo, 27 de maio de 2012

ESPAÇO LITERÁRIO: GENTE QUE FAZ LITERATURA


UM MÉDICO QUE É DESTAQUE NA ARTE LITERÁRIA


Gisleno Feitosa

Gisleno Feitosa nasceu a 21/11/1949, em Iguatu-CE. Médico com pós-graduação em Ginecologia; membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Academia de Medicina do Piauí, Academia de Letras do Vale do Longá e Sociedade Brasileira de Escritores Médicos. Cronista, Contista, Poeta. Obra publicada: “Vide Bula para Viver Melhor”. Co-autor de “Florilégio Poético”, livro editado pela Sociedade Gaúcha de Médicos Poetas.

AMOSTRAGEM



Exame de Próstata no Matuto*
**Gisleno Feitosa
Coisa errada acontecia:
Eu mijando enviesado.
Cuma dizê pra Maria?
Matutei, desconfiado.
Ah! meu cumpade foi fogo.
Aperrei do satanás:
O pinto tando com gogo
E a xana correndo atrás.
Mas deixando de lorota,
Vamos direto pro caso:
Pingava mais na lajota
Que pingo dentro do vaso.
Se eu mijava no capim,
Era tudo diferente:
O mijo caía em mim,
Raramente ia pra frente.
O pensamento mandava;
A bicha num obedecia.
Muitas vezes eu chorava
Quando a bexiga enchia.
Doía até nos cabelos
Que iam se arrepiando.
Bebia que nem camelo
Mas mijar, só gotejando.
Urinava à prestação,
Numa vertida marota:
No banheiro, a precisão,
Era uma atrás da outra.
Depois de comer tampado
E de sentir tanta dor
Me senti encorajado
De procurar um doutor.
Só faria um pedido:
Aliviar o sofrimento.
Que me desse um comprimido
Ou me passasse um ungüento.
Mas moço, foi um vexame,
Depois de tanta agonia.
Era um montão de exame:
Sangue, urina, ecografia.
Com uma sonda no “bico”
Mandaram me ajoelhar
E urinar num penico
Pru mode num derramar.
Depois de tanta desfeita
E de tanta humilhação
Pensei sair c’a receita
Na palma da minha mão.
Mas tava muito enganado
E tomei até um choque
Quando ouvi encabulado
Que ia passar por um “toque”.
Minha cabeça num entendia,
Era grande o meu dilema:
Pra que mexer noutra via
Se é na piroca o problema?
Assuntei c’a minha mulher
E fui mudando meus planos.
Mas matuto nenhum quer
Ser futricado no ânus.
Relutei o mais que pude
Envergonhado e covarde.
Mas se é pro bem da saúde
Fazer o que, meu cumpade?
Digo com toda a verdade,
Que desse exame nojento,
Nunca vou sentir saudade
Um só tiquim de momento.
Mas, cá pra nós, meu amigo,
Ainda tive foi sorte.
Pru mode o exame tou vivo.
Melhor que a melhor morte.
O cabra tem que ter peito.
Botar a vergonha de lado
Enfrentar o preconceito
E viver desvirginado.
Esta trova é advertência
Aquele que não se importa
E não toma consciência 
Que o câncer lhe bate à porta.
*Baseado no poema “Dedo Bandido” de Mano Lima, nome artístico de Mário Rubens Battanoli de Lima (Itaqui, 26 de agosto de 1953) é um cantor brasileiro. Grande filósofo gaúcho adepto do ruralismo desmedido.

"O Câncer da próstata tem cura e a cura depende do diagnóstico precoce".
O objetivo deste poema é sensibilizar e conscientizar os homens da importância do exame de próstata, que ainda é visto com preconceito por grande parte da população masculina.


 
A Arte de unir Sexo e Amor
“Sexo vem dos outros e vai embora; amor vem de nós e demora” (Rita Lee.).
*Gisleno Feitosa
Os homens devem procurar entender as diferenças e os temperamentos particulares da sexualidade feminina. Alguém já me disse, certa vez que "o chato das mulheres é não virem com manual de instruções".

Rotineiramente, chamamos o ato sexual de "fazer amor”. Trata-se de um equívoco. O sexo é importante em nossa vida; afinal não teríamos nascido machos e fêmeas para que nos envergonhássemos disso. Muito menos isso aconteceu por um acaso. 

A sexualidade vai além da simples procriação, caso contrário, não teríamos desejo sexual. Somos muito mais que um amontoado de ossos, músculos e nervos. Somos formados também de energia, espírito, sentimentos. O sexo pode proporcionar a união das polaridades positiva e negativa entre duas pessoas, como uma espécie de comunhão com a criação. 

A vivência do amor através da sexualidade e do prazer dela decorrente não é sinônimo de pecado. Amor é mais do que uma simples “transa”, como se costuma falar. Ele envolve tanto a dimensão física quanto à dimensão espiritual. A vivencia da sexualidade realiza as pessoas que se amam. O mesmo não acontece com pessoas que praticam o sexo só pelo prazer que esse proporciona: cairão logo na frustração. 

Pessoas que “fazem sexo” com muitos parceiros, pensando encontrar o amor, tomam-se cada vez mais insatisfeitas e infelizes. Não é a quantidade ou a freqüência com que se “faz sexo” que garante a felicidade no amor. 
Por isso, temos que desmistificar alguns estereótipos arcaicos, teimosamente reincidentes, sobretudo entre os homens nas sociedades latinas. Estejamos atentos para os efeitos perniciosos de reduzir o sexo a um mero exercício físico susceptível de ser quantificado em termos de performance intensidade e quantidade. O sexo não é uma competição olímpica, mas um ato de amor e partilha. O sexo transcende em muito o mero prazer físico. 

No patamar mais elevado, o ato sexual é uma libertação absoluta. Em particular, a libertação da ânsia de procurar prazer. Numa união completa o prazer deixa de nos preocupar, pois ele passa a ser uma conseqüência natural de estarmos juntos com a pessoa amada. Para ser sentido na sua plenitude, o sexo tem de ser acompanhado de um saudável envolvimento emocional. 
A sexualidade humana é complexa, misteriosa, bela e, caprichosamente, irracional. É preciso possuir uma grande sensibilidade e requer uma longa aprendizagem que só a prática pode ensinar. Sexo é, por natureza, uma atividade exploratória, de novidade e descoberta repleta de prazer e perigos.
Por muito que se escreva e fale, o sexo será sempre um tópico tabu que escapa à compreensão definitiva. Para a mulher, no sexo deve haver continuidade (uma história com um antes e um depois). A mulher gosta de ser desejada e de agradar de um modo continuo, o homem gosta de desligar-se. 

O homem gosta da variedade (ter sexo com muitas), a mulher da permanência (fazer muito sexo, porém só com aquele que ama). Por isso ela é, em geral, mais possessiva, tenaz e fiel do que o homem. Quando ela abandona o homem em troca de outro, faz de uma forma muito mais decidida, pois, mais do que tudo, é o amor que a move. 
Uma mulher gosta de ser lembrada, que ele pense nela, uma conversa, umas caricias, um abraço. Ela tem necessidade que lhe façam a corte, que o homem a procure e se mostre interessado. Por isso emite sinais ambíguos para aferir o interesse dele e a sua perseverança. A mulher quer ser envolvida em toda a sua feminilidade. 
O homem precisa de sexo para viver bem e manter a auto-estima. A mulher também, mas acima disso precisa de carinho, companheirismo, segurança e estabilidade.O erotismo masculino é privado, reservado. O da mulher é público, gosta de exibir ao mundo o seu corpo, a sua paixão. Ao contrário de um homem, para a mulher é muito difícil separar sexualidade e amor.
Necessitamos despertar a mente dos homens para compreender e respeitar a sexualidade feminina. A mudança proposta é a nível da mentalidade. A melhoria do ato sexual é uma mera conseqüência da mudança de mentalidade.
Nota do autor: este artigo foi escrito baseado em conceitos emitidos pelo livro "A Arte de Fazer Amor: como amar e fazer feliz uma mulher", de Armando Vieira editado pela Editora Ibrasa, Brasil.
____________________
“Salve, Rainha!”
(Gisleno Feitosa - Teresina – Piauí)
Salve, Salvina; perpétua menina!
Salve, saudável mina:
Berço gestante de dois diamantes.
Amante; eternamente amante !
Salve, Salvina; suavemente feminina!
Cansado, me nina.
Menina, adorável menina, que é minha cachaça:
Quanto mais o tempo passa, Deus me deu esta graça, de te amar mais ainda. És linda !
Salve, Salvina !
Luz que ilumina minh’alma com fachos de amor. 
És resplendor !
Anjo dourado. Querubim alado.
Tê-la sempre a meu lado, é meu sonho sagrado!
Salve, Mulher que sabe o que quer!
Decidida; és vida. Teu colo é guarida;
Aconchego; meu ninho. Sedução e carinho.
Flor em meu caminho: és rosa sem espinho!
Salve, Paixão.
Inebriante obsessão que me invade o coração!
Salve, Salvininha: és minha, eternamente, Rainha. 
Salve, Rainha !   

ODE AO TRAUMATO-ORTOPEDISTA
*Gisleno Feitosa
_________________________________

Vou declinar pra vocês
Nomes de gente capaz:
Pardini, Rodrigues e Reis,
Guerra, Machado e Arrais.
Guedes, Visco e Muniz,
Santilli, Carvalho e Queiroz.
Gente que sabe o que diz
E, agora, está entre nós.
Couto, Barreto e Santana,
Mesquita, Freire e Frazão,
São nomes da caravana 
Deste time campeão.
Sousa, Câmara e Landim,
Barbosa, Rocha e Gregório,
Menezes, Sá e Brandim,
Dispensam o falatório.
Ferracini, Leite e Gil,
Manso, Fernandes, Godinho:
Respeitados no Brasil
E Piauí, nosso ninho.
Vasconcelos e Canuto,
Costa, Santos e Gouveia,
Nós lhes prestamos tributo,
Profissionais “de mão cheia”.
Moura, Pires e Ribeiro,
Miranda, Lima e Façanha;
Cada um é companheiro
Fiel a quem acompanha.
Suzuki, Krause e Monteiro,
Estewein e Maradei.
Não sei se são brasileiros,
Mas competentes, eu sei.
Colares, Borba e Limeira,
Couto, Souza e Leal.
Esta turma alvissareira
Tem um vasto cabedal.
Silva, Campos e Andrade,
Lopes, Mota e Capela,
Com as tintas da bondade,
Pintam, aqui, uma aquarela.
Colaggi, Cohen e Cortez
Soni, Viegas e Hungria.
Bem-vindos sejam vocês
Da Traumato-Ortopedia.
Uma homenagem sincera
A Zé Rodrigues, Professor
Desta turma que o venera
E respeita com amor.
Ao nobre Dr. Arlindo
Que preside a Sociedade
Emocionado, vos brindo
Com nossa cordialidade.
Para encerrar esta ode
Digo: Congresso é um fardo
Que só carrega quem pode.
PARABÉNS DR. LEONARDO!!!


Escritor Antenor Rêgo Filho lançou hoje  dia 27, o livro histórico de Literatura Barrense: "Barras, Histórias e Saudades" 

Antenor Rêgo Filho, Lisete Napoleão Medeiros e Manoel Monte
Filho, imortais da Academia de Letras do Vale do Longá - ALVAL
O historiador, poeta, contista, jornalista e advogado Antenor de Castro Rêgo Filho, membro da Academia de Letras do Vale do Longá - ALVAL, lançou hoje domingo (27 de Maio de 2012) às 9 horas da manhã, no auditório da Secretaria Municipal de Educação, em Barras, mais uma obra literária: "Barras, Histórias e Saudades".

Na oportunidade o livro foi apresentado aos presentes pelo escritor Homero Ferreira Castelo Branco Neto, também imortal da Academia de Letras do Vale do Longá.

SONHOS POÉTICOS - POESIAS DE CAMALHAÇO - 2001


CÂNTICO DO SEPULCRO




Há vida quando a alma é vivida,
E num corpo de então adormecido,
Que nas doces lembranças contidas,
De quem na vida, se tornou esquecido.


Contemplando esta dor vivente,
Que muito na vida se deu lucro,
Frio e estático no meio da gente,
Preso ao olhar do sepulcro.


A vida que se teve consumida,
Restaram as lembranças que passaram,
Por muitas levadas no tempo,
Juntaram-se no seu passamento.


Nesta vida não reconhecida,
Tens na morte a exaltação,
Que se deu entristecida,
Saudades atrás do portão.


Nesta lousa ficou,
Ao cair da noite,
Em meio ao cântico do silêncio,
Nas madrugadas a solidão firmou.

sábado, 26 de maio de 2012


Degredismo: Escola literária barrense nas artes

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Degredismo é o conjunto de idéias expressadas por literatos que vivem longe de sua terra natal e através da literatura tentam preencher o vazio deixado pelas reminiscências do passado.


A Literatura Barrense é literatura de uma identidade poética dos poetas para uma poesia de desterro, muitas vezes desterrados sobre o tempo, defronte ao próprio habitat humano, no sentimento de agir no tempo/espaço, manipulando-o como fosse laborioso trabalho poético, transformando e sendo transformado; a Literatura da terra dos intelectuais é uma poesia nativa, nascida no leito da terra dos poetas e solidificada nas vivências de nossa gente.



Uma literatura de livre expressão e criação. Não me convence a adoração ao objeto como forma de criação, mesmo existindo, mas sim uma literatura sem correntes regionais a se expor ou convenções literárias ou atreladas a uma elite acadêmica. 


Antes a forma que a norma, no sentido moral. Antes o conteúdo que a forma, no sentido estético. É uma literatura fragmentária com o mundo e com as estruturas, e deveras lógica como o corpo. Uma literatura humilde que atua no entendimento das verdades absolutas. É uma literatura humana e universal.



É uma literatura do concreto e da terra, dos edifícios e das matas, dos homens e dos não-homens. Uma literatura do povo para o povo e que fala do povo. É uma literatura dos espíritos livres. Sem grilhões, sem cadeados; sem chaves, sem ferrolhos ou dobradiças. 


A literatura barrense é degredada como forma de liberdade. Na construção da poesia do novo poema da terra do Marataoan. Primeiro passo na construção universal.



A poesia da vontade, como reveladora das verdades e não- verdades. Não é à poesia pela poesia. Mas por outra poesia. Além da ação estática da poesia oficial. A literatura Barrense é para os recitais revolucionários. 


Das origens aos nossos dias como forma de forjar um novo verbo. Como herança e influências históricas dos poetas barrenses, no combate pela inserção da poesia da terra dos governadores contemporânea no movimento estadual e até nacional.



Um simples artigo que não pretende ficar parado frente à estática ação oficial e artificial da Academia de Letras do Vale do Longá. Que não se contenta com a posição de desconhecido. Com a posição de espectador. Somos contra a manifesta poesia das elites regionais e poetas estatais e financiados pelo ego-egocêntrico capitaneado.



Somos Contra a Academia de Letras que forja mecanismos de ação e se limita a não-ação. Somos contra os poetas sem poesia que publicam livros e dão entrevistas ás custas dos próprios bolsos. 


Somos contra a atitude histórica de se criar deuses, criando homens, babaçuais, rio, carnaúbas, buritis, rapaduras como fossem deuses legítimos de um folclore artificial de poesia narcisista, poesia edipiana; coxa, pobre e magérrima.



Pela exploração da contradição, pois assim se gera um fruto, que leva à reflexão. Pela literatura que vai ao encontro de Barras para incorporá-la e não para excluí-la do cenário piauiense. Uma literatura de ação popular, mas de certo, seus resultados são elitistas.



Não queremos excluir elementos verdadeiros da cultura. Mas sim expulsar os elementos mentirosos e farsantes; os mistificadores. A literatura barrense que pede para nascer: “Deixem lacaios imortais, essa literatura-feto retardada e lúcida com sua moral despontar rumo às pessoas no terreno cultural barrense e gemer em protesto”.



Literatura Barrense que é manifestação cultural sem medo de ser feliz. A felicidade reside atrelada à existência. Ela já existe; é feliz desde os primórdios. A favor da poesia da dor. Pela literatura de movimento. Pela poesia da ação. 


Pela nova literatura dos barrenses, sem grilhões, sem rótulos, senão as próprias limitações do corpo. Literatura que avança abrindo o caminho. Um caminho estreito onde poucos investirão e como forma de se expressar a vontade de liberdade. Ninguém é realmente livre.



Porém existem pessoas que induzem tal prisão a todos os aspectos da vida. Conformam-se num inespecífico jogo de palavras. Numa poesia que somente nos leva às origens de nossas algemas.



Prevalecendo na conformidade dum período de facilidades. Então chega de entidades místicas/deuses gerais da poesia, chega de bruxaria poética, de primitivismos artificiais, da poesia do eterno amor/vício, da pieguice burocrática que saí nos jornais, de sílabas bem contadas e de biografias que são mais importantes que seus donos e que a poesia deles.



Está gestando um movimento barrense; literatura de libertação da poesia barrense. Esse artigo é um fragmento de um bem maior, o amor a literatura barrense, cabe ao poetas julgar.


Bem mais pretensioso. Libertação da literatura, da cultura e dos espíritos barrenses. Artigo epistolar; talvez de parágrafos incompletos; algum medíocre diria. Aqui não é necessário citar nomes, correntes e filosofias. 

Um artigo contra os poetas emudecidos do nosso povo, não contra a poesia. A literatura barrense clama dos babaçuais pelos ventos das carnaúbas e exalada nos buritis da nossa terra. Poucos a merecem. Poucos a compreendem. Poucos a leem.


Artigo contra homens que nas suas auroras literárias não contemplam o que vemos e o que sentimos. Poesia que se sobressai às amarras do tempo e que sucumbe as areias das imperfeições filosóficas. 


Um artigo que visa romper com velhos paradigmas que de obsoletos enclausuram os enlaces de uma poesia da alma. Um capítulo novo no cenário literário de uma literatura além-academismo.



A nossa ágora é a inquietação. É essa boca do inferno de amar, é o fiel poético que traduz e que transfigurar-se na literatura barrense. 


PUBLICADO ORIGINALMENTE EM: 

Poeta barrense tem obras elogiadas pela crítica literária

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O livro "Na Essência da Alma Poética", contendo 100 belos poemas, onde com espírito inovador e uma linguagem simples sem rebuscamentos, tentando atingir o leitor para uma visão e melhor compreensão da leitura poética, e ao mesmo tempo uma viagem ao âmago da verdadeira essência de uma poesia pura numa temática que abrange os moldes ecléticos e que rompe com os velhos paradigmas que fazem com que os poemas sejam atrelados a um estilo literário. É asim o livro do barrense radicado em Teresina, Joaquim Neto Ferreira. O leitor pode viajar em temas como o saudosismo, amor-erotismo,sátiras etc,e uma exacerbada tendência ao ultraromantismo num estilo bem como se pode dizer gótico. Nota 10.
Fonte: 180graus.com/Barras-Pi