HÁ UM COLAPSO NO JORNALISMO BARRENSE
*Joaquim Neto Ferreira
Primeira coisa que um leitor
crítico faz é questionar os fatos, é refazer toda a matéria mentalmente, enxugar
a reportagem diante do social, desenhar os aspectos culturais, sociais e político
do fato em questão. Na atualidade, o mundo em constantes mudanças, quem não
inova e renova, fica no arcaísmo editorial, na retaguarda dos fatos. Partindo
dessa premissa, o jornalismo barrense passa por uma fase tenebrosa, de sobrevivência,
de autoafirmação ou até mesmo de declínio.
Há um colapso de uma parte da
mídia barrense, esta chegou antes mesmo da falência. O jornalismo unilateral
dos novos tempos, dos novos rumos não é vacinado pela linha editorial de defesa
e ataque. É sim do jornalismo de vanguarda, que sobrevoa as principais matérias
e compõem e não decompõem as matérias, pois estas devem ter núcleo duro e certo.
Entretanto, os que são
oposicionistas ou situacionistas, logo, logo estarão à deriva, sem frota de
leitores, também sem matérias de expediente, a ver navios. É assim a arte popular
de sentenciar certos portais a vereditos inapeláveis. O jornalismo sensacionalista,
mercador, tendencioso ao ataque e a defesa, com os dias vai a pique. Naufraga
no próprio egoísmo dos que se acham populares, em primeiro lugar.
É bem verdade que chega de bagres,
de palavrões, bajulação e certas cabeças deveriam experimentar o fio gelado da
guilhotina. Cabeças jacobinas e girondinos. Vemos um emagrecimento tendencioso
e insanável das matérias, uma engorda do clamoroso empobrecimento da reportagem
maquiada, manipulada, refeita e ditada pelo senhor feudal aos vassalos
subservientes e que para o leitor mais atento, deixa margem a dúvida a
veracidade.
Por conseguinte, a notícia deve
ser um setor que viva, e viva a uma de suas mais graves crises do jornalismo
barrense, e para sobreviver frente ao leitor mais crítico, só pela notícia de
qualidade, que é aclive do produto a ser oferecido. Enquanto, o jornalismo barrense uiva, torce e
distorce pela espiral descendente do partidarismo, de olho em 2014, floresce um
jornalismo que alivia que não suprime que causa a discussão efetiva, que tem matérias
ostensivas, que acelera sem a decadência de ser só mais uns.
Barras ecoam em murmúrios que escapam
de quando em vez, carece de um jornalismo que deve ser puro, impar, único,
exclusivo. Informar-se ali, buscar-se acolá. Jornalismo não deve rastejar aos
pés de senhores todo poderoso, verdadeiro conde de Monte Cristo, ou mercadores
mecenas. Dizer amém ao senhor feudal. Deve-se mesmo perseguir o furo da notícia
como acontece, mas sofisticado, ser de informações gratuitas e de qualidade a
oferecer ao povo, ao leito, ao público sedento por notícias. Não de informações
pagas, maquiadas, manipuladas, feitas e refeitas, coisa flexível, ideológica de
uns.
Duas observações são
obrigatórias. Um veículo de jornalismo, chamado de Portal de Notícias no mínimo para não avocar a suavização
de um fracasso, deve com base em uma mudança sistêmica apertar de vez a concorrência, que
ainda segue o modelo tradicional e arcaico de jornalismo ataque-defesa.
Sobressai-se, o Portal que mitiga e não sonegada ao leitor, que não se submeti a
matérias pagas, mas que constrangi a desordem dos fatos.
Deparamo-nos, cotidianamente com
uma corrosão dos velhos palavrões genéricos, das matérias copiadas e coladas,
matérias fixas de ideologias programadas; dos que não praticam jornalismo, mas
se reportam a qualquer coisa que não seja aquilo. Uma singularidade precisa ter
resposta, o jornalismo dominante que ora fracassa, tem um motivo, vira as
costas ao povo de Barras.
Se o jornalismo envelhece, é
obsessivo e algo de novo tende a nascer. Portanto, o jornalismo de pauta
mumificada, pauta fixa, pauta manipulada chega até ter sua saturação. Tudo que
o foco narrativo é repetitivo, com certeza vai ao esgotamento. Há quanto tempo às
manchetes disparadas do governo e contra o mesmo deixam de surpreender o
leitor?
Sempre, toda hora. Existe algum
motivo para ler um portal assim, com matérias direcionadas, apologias que
esmaga os limites crítico do novo universo do leitor inteligente, atencioso aos
mínimos detalhes. Nosso jornalismo deve ser progressista, deve partir da ressonância
dos grandes fatos, dos grandes debates do desenvolvimento social e acompanhar
essa cadeia de acontecimentos municipais.
*Escritor, poeta, especialista em
Negociações Policiais – Polícia de Córdoba – Argentina-Brasil- PMPI. Formado em
Letras Português. Foi editor do jornal Força Jovem Barras- Pi.
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