sábado, 8 de outubro de 2011

ARTIGO




Homenagem aos 170 anos de Barras: Sol , terra, céu e água.

O sol
O sol de Barras, ás vezes passa em nós barrenses como relâmpagos do pensamento. Os raios do sol barrense são intuitivo e aprofundador de um brilho que reluz os dias áureos da nossa terra. É um sol angustiadamente orgulhoso e revela momentos de um mistério que apavora e não afasta nossos fantasmas ufanistas.
Esses raios duvidosos, raios deslembrados que afugenta nosso temor, que entontece o pensamento e vagamente passa, passa e devolve á felicidade e alegria no entardecer barrense.
terra
Minha Barras é uma terra sã de pessoas que tem na íntima razão da crença e do sonho necessário, o apenas sonhar distante. É uma terra que por ironia suprema do saber eu só conheço ela e não entendo existir na Terra outra terra como Barras e olhe que só entendo o que entender não [posso] como humano.
Ah! minha terra barrense, meu torrão natal, aqui cambaleio nos versos, na prosa pelas vias e vielas escuras da loucura sapiência popular. Sou escritor de olhos vagos, vagos, mas de susto, pela terra natal que é hálito perfeito nas vivências errantes do tempo. Barras é a realidade e de haver ser bela terra de poetas é um hálito perfeito de fato numa realidade.
O céu
O céu, o céu barrense de tanto azul eu tremo, no repente dos versos do repentista, no azul pavoroso que inunda o pensamento que cai das nuvens fiapos de um precipício branco. Nem a mim mesmo figuro as figurinhas de nuvens espalhadas pelo céu. O azul pavilhão é só um cálculo quando nele estou.
Água
As águas, as águas são águas a sonhar e vencer mundos onde o barrense é vida em sonho. As águas plácidas do marataoan cerram os olhos profundos para a verdade que ri o riso alegre. A água plácida que é ilusão e é mãe da vida. O poeta é doido, e doido por tudo que Deus lhe concedeu nesta terra.
O fadário do conto em homenagem a Barras é uma loucura incompreendida do ecletismo sol, terra, céu e água que vai avante para o literário. Cantar Barras é no fundo da consciência uma alma sobriamente louca e imparcial de barrense.
O poeta tira do babaçu, o azeite da poesia e da carnaúba a palha da consciência e não pouco agradado conta o conto maravilha nas escamas inconsciente dos buritizais da minha terra.
O deslize do escritor é ser imparcial no conto, o deslize do barrense é existir para sim a única e exclusiva Barras. É ter sonho, sonhos criados, inventados, ficcionados. Ele cria uma Barras de um mundo atônito que sente viva o belo enfeite literário que lhe dar. Poderá ser um louco da prosa, uma loucura que é grande, mas lhe faz feliz.
Barras é isso, uma montanha mediterrânea de ilusões, um deserto poético de todos que assim antes de morrer revela a alma de uma  mente ao imperceptível. Quando eu viver ou morrer realmente no existir e, em verdade, em verdade vos digo que é fato literário, existência poética, coisa de conto sem desconto nenhum, ser degredista desesperado ao ouvir ou assim dizer isso que n'alma tenho de escritor barrense.
Sinto-o, sinto-o, que meu conto não chega ao leitor e só escrevendo-o, não me compreendo. Sentir isto, eis o horror que não tem nome a um escritor, mas senti-lo é sentir, intimamente o anseio e suspiros d'alma com pavor supremo, com a gelada madrugada barrense de vocábulos inertes.
O orgulho de Barras é ter chegado aqui, onde ninguém, nem nas asas do doido pensamento, nem nas asas da louca fantasia de escritor, os 170 anos chegou. E aqui me quedo como simples mortal.
Um mortal temporário com diferença contra a diferença entre isto e o meu pensar. Cheguei aqui. Barras chegou. Nem daqui sair quero, nem aqui queria chegar. Mas aqui cheguei e aqui fico. Salve os 170 anos de Barras beirando as águas do marataoan.

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