CRONICA
DA POLÍTICA BARRENSE
O
getulismo barrense é de maquiagem e pó compacto na face.
Quando, por uma lei das supremas potências (acordo
político entre Temístocles Filho e senador JVC), o prefeito humilde, sem Ingá,
sem chão de barro, apresenta-se à plateia barrense já entediada, diante de um
estarrecido e prenhe marasmo administrativo político, pedindo para sair. Pede pra
sair! Pede sair!
– Eu saio senhor. Eu saio.
– Turno! O 01 saiu.
– Zero um, o senhor é um fraco, um incompetente. O senhor
não serve seu zero um, o senhor é um fanfarrão.
Ele agora caindo na realidade pragueja contra Deus,
que dele então se apiada já sem forças. Os que foram gerados em ninho de
serpentes, amamentam-se do seu caleijão político ainda tão sem graça até o fim
do ano.
Barras é maldita, a prefeitura e a sede de poder é
uma noite de prazer ardente em que quem vive no seu ventre concebe-se na
desgraça dos que bajula, os que tem poder! Pois que entre todos nesta terra
barrense é eleito ao desgosto de ser o triste esposo da viúva, da casa rosada. O
poder nas mãos é fogo arremessado do qual se deita no monstro asqueroso que
recai ódio e afronta o instrumento das maldições.
Barras torcia de ponta a ponta. Barras se vinga de um
só, se vingará de velhos bordões político pautados na humildade. Hoje as coalizões
partidárias e acordos políticos não são mais ruminados pelo povo, pois o povo
tem o ódio e o envenena a maus políticos, maus administradores, aos larápios do
dinheiro público. O político barrense, o mau administrador por nada entender
dos desígnios do homem recorre aos eternos, ele próprio preparou o fundo de sua
Geena e ali se enterrou.
O incompetente hoje pira, pira consagrado aos delitos
da arrogância e da prepotência nepotista. O povo barrense acorda sob a auréola
do sol, porém, a sapiência do homem barrense é anjo vigilante. Os fichas
sujas de Barras se juntam pela fome desenfreado pelo poder, pelo erário publico
e em tudo o que eles comem ou bebem a cada instante em Barras, há um
gosto de ambrósia e néctar encarnado, néctar amargo do brinde de velhos
inimigos.
Barras nos seus quatro cantos, fala aos ventos e eles
até desafiam a via-sacra do orgulho contido e percorre alegre nas canções do
Vento norte, do vencedor, do hino de são Francisco e percorrem, celebrando em festa a união. Eles, hoje são na
união pelo erário, espíritos seguindo na romaria chorando feliz. A política barrense é de maquiagem e pó
compacto e o povo observa com receio, com desprezo a estranha paz dos velhos
inimigos políticos. Até que o povo busca quem saiba entendê-los como feras que
cada um traz em si.
O povo barrense viveu momentos de pão e vinho que lhe
serviam de repasto. Esse mesmo povo agora pela mão de velhos inimigos quer
empurrar-lhe cinza e pútridos bagaços. Inimigos de outrora, hipócritas, seres
nefastos do dinheiro publico, só arrependem-se agora por haver cruzado e unidos
seus passos. Barras nas praças e periferia perambula aos gritos dizendo:
- O 01 pediu pra sair!
Barras novamente revive o momento em que os ídolos de
velhos ritos, sim, eles, querem inteiramente de joelhos, embebedar o povo com
seu amante tão intenso que usurpar o riso nos cândidos louvores. O povo
barrense está cansado de fatigar-se a essas ímpias fantasias estrangeira,
candagas.
O povo se ergue sereno com as suas mãos piedosas, as multidões
furiosas: esse ano o povo se purga dessas imundícias políticas, dessas santas
delícias! O monarca despediu-se, de semblante azul, canhestro e envergonhado, ele
deixa pender, qual par de remos junto aos pés, na sua imagem em branco já
maculado.
É feia a desgraça desse viajante agora flácido e
acanhado, de cachimbo no bico sem fumaça, cujas palavras o impede de falar. Fim
dos tetos estrelados, translúcido e divino erário público. Adeus casa rosada, adeus loba fértil em
anônimas ternuras, aleitava o universo familiar com as tetas duras.
O rei barrense já não se gaba, sua corte inteira sai
rumo ao degredo. Saem ao tronco cômico, nas figuras de espantalhos! Saem de corpos
magros, flácidos, inflados, falhos, os amigos, seus deuses utilitário, também são
frios e com cansaço, no império tão corrompido, como velhos povos esquecidos de
rosto roídos pelos cancros.
Barras é hoje Goya, lúgubre sonho de obscuras
vertigens, cheia de fetos cuja carne cresta os sabás. O prefeito Delacroix, com
seus anjos maus banham-se no esquecimento, na orla marataoan que não se apaga
as entranhas fanfarras, sob um céu exangue. Essas blasfêmias e lamentos
indistintos, os soluços que erra de era em era e vem morrer aos pés de vossa
eternidade!
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