CRÔNICA: ENQUANTO, EU
FUMO MEU HOLLYWOOD
Eu sentado na praça, fumo meu hollywood e vejo somente o poleiro da casa
Rosada, o galo a roncar o tédio
hemafrodita, um pinguço old pardiano. Bochechas enrugadas e nariz proeminente,
em cima uns parasitas, de tanta raiva e vergonha que fica vermelho solidéu...
enfim um fraco, um fraco, é um fraco, não um Deus! Um todo poderoso fraco da
idade média, em que os vermes — como hoje e mais ainda — sugam suas tetas.
E de tanto sugar assim, que sob o peso do erário ficam bem rubicundos,
hoje dormem bem, e a regalar os olhos, a boca grande, boca de sacola a beber
enfiando na cara de bajulador desconfiado, ele sabem engordar na fartura da
prefeitura;
São chamado pelo povo da periferia de papudos beberrões, depois do expediente
se lançando ao copos da bênção do álcool
— e por dinheiro! Bajulam!!! São bajuladores!
O cocheiro candango é importado e conduz o rei, sua rainha e sua trupe
parasita que se vão bêbado por certo.
Os carros tocam pelo bom caminho das coisas boas. Mesmo em cima das
pernas do corpo ébrio refugou a língua, mais solta para bajular.
— Que ao sol da glória barrense se enchem de orgulho e de insolência. O
reinado fraco, é mais fraco que a cantiga da ave da Angola, e deve ser de lá
mesmo, bem de longe da realidade barrense.
Da boca ébria vai cuspindo o poviléu, assim como um fidalgo — E é porque
um dia saiu de casa que a falta de miolo mole e massa cefálica vive a se
embeber de vinho. Naquela cabeça devassa, ao povo sobra as esporas. Como passar um governo todo sobre as vis
carniças? Passa o governo a reléu!
De tantos corvos negros na rosada que — foi por cima. . .mas desgraça! Maldito
aquele que quer cassar o caçado caçador! Desgraça!... não porque deu tempo de
pisar o povo, mas nosso barrense tem que ficar de magros ossos, mas nas rodas
de conversa das esquinas, na humana residência das línguas vis, um estalo de
loucura e esperteza os cercam. . .
E acorda o fanfarrão... é hora de trabalhar, já não bastas as parábolas
senis sem sentido, parábolas de Alzheimer, parábolas de lábios Parkinson.
- O que sucede? Pergunta o rei barrense que um dia deixou o seu reino
encantado.
- Pergunta bocejando: — É algum bêbado?
- “Senhor fanfarrão – dai-me mais dinheiro, eu não sobrevivo com essa
migalha”
Diz quanto um servo suplente do erário quer para ser conosco mais um
bajulador, o bom suplente de ideias oposicionistas é um vigário de Cristo, um
vigário mineiro de cascas de coco babaçu! É um santo Apóstolo de homem! É sim.
Isto é — dessa fidalga raça nova de bajuladores que preciso na Câmara!
Que não anda de pé como o povo, mas se estafa nas hilux do S. Francisco
ao centro de Barras; e diz:
- É um pobre-diabo de poeta que nos critica!
A ave da Angola veio de longe, nos aviões negreiros, é um homem sem
miolo nos discursos reais aos seus súditos barrenses, mas com uma barriga que
acomoda belas taças de whisky! Boceja rasgados de um Diabo em meio à tribo de
boêmios da elite barrense.
Há tanto lugar onde mora! Aqui e acolá, nos meios dos candangos. É maldita
gente! Inda persegue os súditos. Depois que perder o reinado. Os que estão com
ele hoje, sabe o que acontece amanhã, depois que o Diabo o leva? E foi um pobre
que um dia saiu de casa, do casulo.
- Levei o!
Agite os teus pés de volta ao teu reino candango, reino de turíbulo! De
bonde! De corcéis e de fuscas. É por ti que o altar que o povo barrense apoia
não mais será teu trono! E teu olhar que fertiliza os contracheques hoje, não
mais fecundos aos bajuladores.
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