PARABÉNS BARRAS 174 ANOS: NAS
PÁGINAS DO TEMPO ESCREVE MAIS UM CAPÍTULO DA HISTÓRIA
Barras que nas páginas do tempo escreve mais um capítulo da sua História.
Busco, examino no vate da mente, palavras, vocábulos, termos técnicos outros
eruditos, mas nada com ser fiel a si mesmo, sendo assim homenagear Barras e
suas estórias, estórias de uma gente criativa, intelectual e acima de tudo, um
povo humilde, de uma simplicidade enraizada no solo fértil dos teus rios
amantes mesopotâmicos.
Oh! Minha terra de marataoã, terra dos poetas e intelectuais que
vagueiam pelas sombras urbanas de tuas ruas de paralelepípedos, ruas calmas, ruas
mornas, na busca suprema das inspirações de tuas estrofes e versos do teu
conjunto arquitetônico do centro histórico. Exaltar-te é olhar a poeira do tempo que nem
mesmo o tempo pausa, mas escuta-te pelos pés de conversas nas manhãs pelo
centro comercial, com pernas no vai e vêm, dos verdadeiros alaridos de cacofonia
ondulantes das muitas vozes.
Vozes estas, tão roucas, suaves vozes, vozes graves, vozes veludas, ás
vezes vozes ríspidas que no suor morno das praças, difama a alegria da vida,
nas surpresas cotidianas dos que muitos se amam, se enamoram, da alegria dos
que chegam, dos muitos que permanecem, dos que partem para o eterno, mas não exclui
a tristeza do pensar daqueles que se fazem morada no campo santo são José, e
eternizam-se na memória fatigada, memória cansada dos que tens fieis e contritas
recordações pelo que foram e vivem nos corações dos entes queridos.
É assim o amor por Barras, um amor indescritível que nem o tempo apaga
ou afasta. O termômetro do dia é a mídia operante, pujante das rodas inocentes,
rodas de outrora hilária, maliciosa das muitas línguas, línguas latinas, ou
hebraicas que elogia que difamam no disse me disse das esquinas, os fatos tão
típicos, corriqueiros, tão populares, tão cotidianos e acima de tudo, tão
reais, de uma cidade que dorme política, respira festas e acorda na
religiosidade. Também dos que vivem a blasfêmia, dos que sobem e descem no revés
do poder na Casa Rosada, mas que intensamente a secularidade que o calor do
tempo não desfaz e assim perpetua.
Os teus verdes campos são carpie diem, é sombra nos arvoredos que
sombreiam o presente mergulhado nos cabelos das carnaúbas a desfolhar, como
leques a brisa dos fins de tardes á beira do marataoã, seja pelo voo rasante
das raçanãs ou até mesmo na passarada a deliciar o sol poente que descerra e
descortina a majestosa noite que refletida nas caudalosas ondas marolinhas prateadas
do leito corrediço e dormente.
O badalar dos acólitos no alto da igreja na matriz do centro, mais é um
convite para as preces á mãe santa dos barrenses, um convite às crenças
maçônicas, aos dogmas e doutrinas que uni o povo evangélico ao Deus dos céus, Deus
dos espíritas, Deus que abençoa o candomblé de uma terra que uni em um único e só
útero, os filhos gêmeos que te amam na fé, que te veneram e que te idolatra
terra mãe, terra de todos. Nas noites barrenses, o frio delas é arremetido ás
suas quitandas, bares ou pés de bodegas, que aquecem no álcool quente da vodka
e esfria na cerveja gelada que se espalha pela praça da matriz, pela monsenhor
Bozon, e que a utopia dos que vão
dormir, são visões oníricas do sono no eterno e efêmero devaneio.
No entanto, tem o mesmo valor que a liberdade que nos anseia de dias
melhores, dias futuros. Cada barrense sonha e tem a certeza no vate da mente,
que tudo são orgulhos, são loucuras na terra abençoada de marataoã. Que me
desculpe Homero, mas nossos leitores, nosso povo amam nossa literatura, os nossos
poetas são mais do que um poeta no mundo barrense, são nossos homens e mulheres
são de mero e prepotente luxo literário. Hoje se rasga arrogantemente no
calendário do tempo, mais um aniversário dessa maravilhosa cidade, que marca na
História, mais um capítulo nas folhas brancas do presente, presente que sofre a
inércia do progresso, mas que sonha com dias melhores que virão.
Barras é moda de quadrilhas juninas, nas dança das cores alegres das
festas juninas. Barras suaviza a antítese teológica das festas. Barras é
carnaval, é carne, é samba, é amor a cultura. Barras vive de homens e mulheres.
Barras sempre será de homens e mulheres. Barras é dos homens e mulheres que tem
juízo, senso crítico, poder de resistência que desde que Barras é Barras, nas
alcovas da liberdade de expressão cogitam as ideias, cogitam o pensamento, cogitam
a revolução e a liberdade, pelo compromisso social de uma juventude que vive
sua fama.
Nem sangue de poeta ou alma virgem, mas a barra avermelhada do dia, o
talismã oiro das réstias de sol barrense a dar as boas vindas na manhã que nos
maravilha. O canto dos pássaros vibra nas músicas, nos dobrados da Lira
Barrense, em harmonias igualam o som metálico de um grito entalado na garganta
de um povo guerreiro que na labuta diária sobrevive às intempéries do tempo na
alvorada que começa. O sol barrense a degolar a força motriz que conduz a
cidade. E os barrenses ousam, murmuram a infâmia régia dos que neutralizam os
sonhos, matam as esperança, na certeza que as nódoas do passado não se repita
no futuro.
Barras é uma vida, uma grande vida, uma vida que cisma a glória dos teus
filhos que te amam. Na glória da cidade de marataoã a faceirice de tua fama, de
tu cidade oponente nos morros circundados e serpenteados pelo marataoã teimoso,
na figura esbelta de uma cortesia de ressupino e macilenta do longá entre
pedras e pedregulhos. Faltam-nos palavras para descrever ao meio dia o sol a cair
lentamente. No fim de tarde a cair bem reclinado, bem vagaroso, que madornando
o poente a roncar o tédio do entardecer. É sol rubicundo a dormir bem, e a
regalar a lua, um anjo inebriante na noite barrense a refugar a glória do sol episcopal.
Portanto, Barras é de orgulho, é cidade que na resistência ao tempo, a
cada ano dar estalos de um progresso que anseia, que busca no estupro do ar, o
desenvolvimento. E assim, nossa gente dorme friamente, uns na tribo dos boêmios
intelectuais, outros na periferia dos bairros e juntos forma a eterna terra dos
governadores! A terra de marataoã, a terra de todos que sonham com novos
tempos, com novos rumos. Não há tanto lugar para se amar, há um só, nossa
Barras e sua gente! Barras que nos saboreia com o progresso tão almejado.
Parabéns.
Por: Joaquim Neto Ferreira
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