domingo, 19 de fevereiro de 2012



Galápagos - poesias de degredo

RIMA PERFEITA

Sou o poeta que se lançou ao sol de Barras,
Sol que rompe a treva maldita da melancolia,

De uma tristeza que menti e que ensina,
E retrata na página primeira que escrevia,

A folha de papel que se rasgou feito o sudário,
De uns versos jogados no túmulo do lixeiro,

Amassados na rima que não encaixou no sumário,
E dissiparam-se do pensamento feito nevoeiro,

Ao raiar da aurora surgindo no caminho,
Do doce encanto do lápis adormecido,

Que bailou na noite riscando sozinho,
O papel debochando o verso ante esquecido,

Nas longas horas o punho já vencido,
Na mente do poeta a rima que vinha sorrindo.

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