sábado, 1 de setembro de 2012


CRÔNICA DO SÁBADO: POLÍTICA BARRENSE, AS ONDAS GOZA O DINHEIRO.


E a política barrense é sutil sobre as ondas que goza o dinheiro. O eleitor com certeza saberá do voto/voz achar, o que é melhor para a cidade. Hoje Barras ouve os discursos e falácias preguiçosas. Os políticos barrenses fazem farra com projetos infinitos e balançam de ócio os ouvidos impregnados dos eleitores.

O balsamo de uma teia de inverdades é coma azul do céu. O louco desenfreado pelo erário público é feito pavilhão entre a luz e as trevas discutidas nas reuniões. Chove em tempo de seca, um céu profundo de lábios trêmulos na esférica amplidão das promessas que no primeiro de janeiro é apenas trama espessa dessas mechas grisalhas destorcidas.

O vento forte varre o marataoan e embriaga-me febril de discursos confundidos, talvez de óleo de coco, rapadura, chão batido e babaçu. Por muito tempo! Sempre! Barras vive momentos ininterruptos de conversas mirabolantes e ondeante ao eleitor barrense. Chega! Chega de uma teia de mentiras que culminam no desejo de teus ouvidos é cloaca.

O eleitor barrense não vive um oásis, o eleitor vive um sonho pesadelo de um futuro incerto, um futuro que é presente abundante e que nem saudade deixará. A estagnação é sedenta. Barras vive as trevas de uma noite de mil anos e a abóbada solar não consegue iluminar. O eleitor barrense bebe a taça da tristeza, dos políticos feito leques ornamentados a multiplicar irônicas palavras de salvação. É preciso separar das imensidões.

O político de dois biênios chega à casa de palha e lança o assalto e agita os lábios trêmulos de perfeição em verdadeiros coros de vermes. Quem adora é desumano e pertinaz. Aonde o dinheiro vai fácil, volta em universo igual bebida em bordel. O eleitor é tímido. O tédio do período eleitoral é jogo de exercitar.

Os santos humanais de engano enchem os olhos, estufa o peito, enche os brônquios e recordam os lampejos rútilos de promessas. Exiba eleitor também seus pulmões na arrogância vã de sua nobreza. O mau político deve conhecer a lei do retorno. Esse monstro cego, surdo e cruel. É salutar segurar de mãos em mãos nessa época, a fim de sugar como vampiro imundo, o voto.

E não se envergonhas ou não vês sequer, olham-se no espelho. A periferia de Barras vive a vacilar sem espanto, em desígnios velados a lodosa desonra sem exemplar. O momento político é bizarro e cheio de divindades bizarras, da noite escura ao dia claro. Os feiticeiros sombrios abraçam e pousam para as fotos com crianças no colo. Ó demônio impiedoso! Às urnas te tragam e acalma tuas hipocrisias.

E não é que sou Esfinge. Barras agora se inclina vagarosa e imita o verdadeiro político. Não cabe nesse tempo, somente corpos que pendem e se aguça por voto. Se debruçam inflados por uma vaga oriunda dos que passaram quatro anos sendo apenas, gelos frementes. Podem escarrar de suas bocas imundas, podem mostrar a arcada dos dentes, mas acalme a saliva, esse líquido vindo do céu que se confunde com palavras de salvação.





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