quinta-feira, 20 de setembro de 2012

VALE A PENA LER DE NOVO


REPRISE DE JOGO BAIXO

II
A história de La marque Mafagafos


A história que contarei agora é de um homem chamado La marque Mafagafos e nesse tempo ele tinha trinta e oito anos. La marque havia amado somente duas mulheres na vida. A primeira uma mulher sedutora que se chamava Samantha. Ela era mulher de Pedro Malta, o vaqueiro da Fazenda Rio Doce perto do Mocambo interior de Barras. 

La marque quando conheceu Samantha tinha dezoito anos e estava de férias na Fazenda Rio Doce. Um dia andando a cavalo perto da casa do morador da fazenda passou a olhar com desejo e interesse na esposa do vaqueiro Pedro Malta. O vaqueiro Pedro Malta tinha acabado de selar o cavalo, quando o jovem La marque de férias do colégio Honorina Tito em Barras chegava para visitar o novo vaqueiro que o pai tinha contratado para a Fazenda Rio Doce. 

Samantha recém chegada no lugar aparecia na janela da casa. Ela estava bebericando o café e disfarçadamente olhava para o rapaz, o filho do patrão que se aproximava do local. La marque viu quando a mulher o olhou intensamente. Ele se aproximou de Pedro Malta, com um sorriso meio tímido e iniciou uma prosa rápida.

—Bom dia, Pedro Malta. Posso ajudá-lo?

Ele um rapaz atraente, no auge dos seus dezoito anos, usando uma calça jeans, camisa branca com um grande escorpião nas costas e tênis quibamba na cor azulada. La marque tinha uma postura alinhada e o queixo levemente levantado o suficiente para demonstrar força e arrogância de um rapaz criado com mel e leite em Barras. Seu cabelo era castanho escuro, cortado no estilo militar, pois iria apresentar-se em abril na Junta Militar em Teresina para servir no Exército Brasileiro. 

De cima do cavalo manga larga trotava elegantemente desafiando o animal e curvando-se para levantar as patas do animal. Assim que levantou as patas do animal, o cavalo assustou-se e La marque caiu ao chão. Pedro Malta correu para ajudar o rapaz. Chamou por Samantha que estava cuidando nos afazeres domésticos. La marque olhou para a mulher que veio toda sensual vestida de preto.

— Foi só um corte, estou um pouco atrasado - disse ele.

— Espere La marque vou fazer um curativo rápido. Falou Samantha.

Quando a bela mulher tocou a pele, La marque olhando-a nos olhos sentiu o coração acelerar e um calafrio na espinha. O vaqueiro deixou o rapaz aos cuidados da esposa e foi cumprir a tarefa diária de retirar o gado do curral para soltar no pasto. 

Daquele dia e outros que se sucedera, o jovem La marque era um visitante habitual da casa do vaqueiro. A mulher tinha os mesmos olhos penetrantes e a mesma altivez de uma nobreza jovial aos dezoito anos. Era óbvio que a beleza da mulher do vaqueiro contrastava com a do homem, ele mais velho do que ela quinze anos.

— É um prazer ajudá-lo, senhor La marque.

— Senhor não, nós somos da mesma idade, só me chame de La marque, senhor é para o velho Chico Mafagafos, o meu pai. Disse. 

A mulher acompanhou-o até a porta. Ela ficou tímida com um olhar de soslaio do rapaz ao montar no cavalo e La marque seguia com outro olhar, mais outro, sem a maior ou menor discrição. Mesmo assim Samantha ficou para si, sobre o que aconteceu naquele dia. 

Pedro Malta era um vaqueiro profissional e experiente já com os cabelos quase grisalhos e uma fala muito grave que assumia o ar de grotesco e havia se agraciado da aparência da mulher quando a raptou da casa dos pais por ocasião de ter trabalhado numa fazenda perto de nossa senhora dos Remédios. O casamento de Samantha durou dois anos.

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