VIDA DE
POETA
A vida de poeta é ter nos versos, a espontânea da linguagem
dos sentimentos. É versar sob o que lhe parece demasiado cru e áspero. É ser solitário dos versos. O poeta
vai até o fim, para colher os júbilos delicados e as dores extremas da poesia. Ser
um poeta é ser o próprio mestre do estilo que rima a poesia no mais fiel e
nítido retrato d’alma. É assim meus amigos, a vida de poeta.
O poeta faz da
outra face, si mesmo. É uma espécie de um eu dissimulado. Quando o poeta é cada vez mais culto, à medida que a modéstia
e o pudor compõe-se, o ingrediente final é a inquietação, é a sensibilidade do eu poeta. Poesia revolucionária
é hoje o feixe e o tema central do Degredismo.
É claro que hoje o poeta cavalgava sob a pouca produção literária,
sobre o magro apoio cultural, mas o poeta do futuro é orgulhoso do futuro inglório
do barulho das ferragens e dos ossos a estalar no cadafalso do fazer literário.
É verdade que o futuro na poesia é incerto e muitos migram para ficção, pois na
ficção atribuiu-lhe com razão, o sonho temerário em detrimento da poética.
Na ficção, as condições essenciais da agilidade, da veemência,
do ímpeto, da perseverança e da altivez do que o personagem e a trama representa é
bastante circunstancial. Também é verdade que na poesia, o poeta é um ente implacável
e completo. Contemporaneamente, o poeta do futuro prossegue com sua romântica sem antes ser totalmente de uma poesia social.
O poeta do cotidiano tira sua poesias das idéias de uma
prosa esbraseada e as torna uma necessidades e normas. O Degredismo no Piauí, especialmente em Barras assume uma nova escola literária
que muitos e novos poetas preconizam, recolhe-se com dignidade ao jardim
encantado dessa escola.
Essa nova escola literária piauiense é uma profecia da
qual os futuros e novos poetas sobem de degrau a degrau aspirando à firmação do
estilo longe do contexto social vivido. A vida do poeta barrense é de uma sublime tortura literária. São dois destinos, um só existência, outro o anonimato.
Temos de compreender que o poeta barrense se apresenta sem primeiramente a publicidade, o livro publicado.
Não basta nas rodas de bar declamar poesia, nos saraus literários elogiar o poeta, ao troveiro que no fim da vida esperava
impaciente que as sombras dos seus versos, talvez com a bravura a rutilante plêiade, ser reconhecido como criador.
Ajudo aqui a elucidar alguns pontos. Exaustivamente o
poeta barrense é um profissional que
busca um difícil e subtil trabalho de encantar na literatura, uma poesia social
que denuncia a atrocidade das ruas, rimando cenas, recontando na poética os
detalhes de episódios, com a honesta preocupação de não divorciar a verdade da
fantasia.
Portanto, a vida de poeta é assim, cada vez mais seduzida e prisioneiro dos tumultos
e percalços da literatura que é viva e clama para adentrar nossas vidas.
O Degredismo hoje é a chave para a produção de degredo, produção longe da terra natal e que busca glorificar o berço esplêndido do contexto social criado.
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