SUCESSO DE CRÍTICA.
NA ESSÊNCIA DA ALMA POÉTICA
APRESENTAÇÃO
O homem é um aprendiz, a Dor é a sua mestra,/E ninguém se conhece enquanto não sofreu. (ALFRED DE MUSSET)
É com esse pensamento de Alfred Musset que vos apresento este livro que traduz o sentimento revolucionário do resgate poético num espírito inovador e ousado. Antes de ler “Na Essência da Alma Poética”, faça uma reflexão a seu estado de espírito e busque na consciência a preparação da mente para uma viagem na Essência da Alma Poética.
Versos Inscritos numa Taça Feita de um Crânio:
Não, não te assustes: não fugiu o meu espírito
Vê em mim um crânio, o único que existe,
Do qual, muito ao contrário de uma fronte viva,
Tudo aquilo que flui jamais é triste.
Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri;
Que renuncie e terra aos ossos meus
Enche! Não podes injuriar-me; tem o verme
Lábios mais repugnantes do que os teus.
Onde outrora brilhou, talvez, minha razão,
Para ajudar os outros brilhe agora e;
Substituto haverá mais nobre que o vinho
Se o nosso cérebro já se perdeu?
Bebe enquanto puderes; quando tu e os teus
Já tiverdes partido, outra gente
Possa te redimir da terra que abraçar-te,
E festeje com o morto e a própria rima tente.
E por que não? Se as fontes geram tal tristeza
Através da existência-curta do dia-,
Redimidas dos vermes e da argila
Ao menos possam ter alguma serventia. (Lorde Byron)
PREFÁCIO
O ponto de partida desta obra é surpreendentemente
simples “a Essência da Alma da Poesia” que é um processo de
conhecimento subjetivo e assim, se o objetivo é compreender a
poesia na sua Essência, é necessário entender como nosso estado
de espírito conhece o mundo e o saber poético.
Eis o que a Poesia deste livro abriu caminhos para uma
melhor cognição da vida e nos faz elevar nossa imaginação acerca
das coisas. Este livro traz um pouco da experiência no meio
acadêmico e literário e seus versos instigam a curiosidade do
leitor.
No Renascimento, a poesia em suas diversas formas vinha sendo
vista como a representação da imaginação do autor sobre
um prisma da fantasia, ou seja, as produções literárias eram
consideradas construções da mente humana sobre o contexto da
ilusão criada pela mente sem levar em consideração o aspecto do
contexto social vigente.
A ideia de fazer um livro de poesias nasceu há anos e elas
não vieram já prontas. Na Essência da Alma Poética traz em suas
poesias um ecletismo tendencioso ao ultra-romântico por ter em
seu conteúdo uma fonte de muita subjetividade da alma.
Com uma poesia de fácil compreensão vista que não
precisa de alegorias redundantes com vocábulos
incompreensíveis e falsos neologismo para levar até o leitor sua
fácil interpretação.
É com muito orgulho que ofereço a todos os leitores deste
livro que é simples na sua forma mais feito com todo o carinho
pensando em cada um dos que leem esta obra.
Meus
agradecimentos e deliciem-se fazendo uma viagem Na Essência
da Alma Poética.
O autor.
NA ESSÊNCIA DA ALMA POÉTICA - POESIAS GÓTICAS - 2009
ANTES DA HORA
Só desejo silenciosamente que possam ver linda a aurora,
Dessa longa noite incessante e pálida que foi escurecida,
Impaciente demais nessas sombras vai antes da hora,
No crepúsculo que descansa a sede da existência na vida.
Oculto o desinteresse nessas madrugadas e o desalento,
No declínio frio de minha tristeza que tece a apatia,
Dos desafios incoerentes dos lamentos da vida que atento,
Na desesperança inconsequente que se respira num dia.
Tudo se fez na inércia e no silêncio desse momento,
O acúmulo falso dos planos declinados e desfeitos,
Na menopausa que é espelho vil do pensamento,
No próprio desencanto contraditório e inquieto do leito,
Que são descanso e impulso da solidão no medo,
Do triste amanhã insensível que a alvorada assistiu e se vai.
DESEMBARQUE
Seguindo e cambaleando feito trem nos trilhos da vida,
Não encontrando a estrada vazia nos dias do futuro,
Que de num destino opulento e amplo no obscuro,
Foi vagão descarrilado no suspiro da alma desiludida.
Que partindo humilhado na volta sem ermo e sem rimo,
Facultando na origem rumores dos olhares afetuosos,
Das vísceras pútridas na face das carnes sem ossos,
Do olhar firme e triste no desprezo de um choro de menino.
Braços ao vento levantados e despertando vozes cantando,
Uma ladainha triste que fascina e esvazia o interminável,
De uma melancolia a vagar e que vela o alívio, no entanto,
Do enevoado mármore frio que é leito gélido e brando,
Nas parafinas de luzes que se dissolve e vão acendendo,
O clarão da alma vivente que na pá de terra vai enterrando.
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