sexta-feira, 25 de maio de 2012


O Sol, o Tempo, o Escritor e os Versos.
O escritor exalta a terra de marataoan.


O sol de Barras, hoje é um tanto de inspiração e de tanta vida que meus neurônios são convulsivos e inflamam. A pele ardi sem conforto. O que resta de um escritor, sob o sol da terra de marataoan. Sou um escritor que anda pela sombra esvaecida, que anda um pouco triste que as lágrimas agonizam e resvalam no amor a terra amada, em forma de escritos.
 
Os escritos se aquecem nas ilusões que chegam a quebrar como ondas no coração. Os parágrafos do texto deixam saudades a levar na vida e que arqueja de fome pela terra amada, e isso faz-se leito. Hoje as trevas do pensamento é solidão que se dissipa com as réstias do sol barrense.
 
Hoje a aurora da vida amanheceu eterna, amanheceu nublada, cinzenta, sem cor na cor de todas e a larga fronte da escrita é tédio, é nada, é sem liturgia. Os escritos eternizam-se com o apagar do sol sob cidade que se acolhe e encolhe-se toda nas nuvens de treva maldita.
 
O sol mentiu. O sol fadário que me acordou e rasgou a primeira página do dia, a página primeira que me despertou sonolento na manhã desse sábado. O sono se rasgou pela réstia do sol, um pobre gênio de Deus feito por Deus, um gênio sudário que a aurora despertou do túmulo da noite.
 
O tédio faz-me morrer de fome. O tédio é caminho que deita nas curvas do tempo. O semblante do dia é lábio que o tempo flutua-lhe o riso de esperança, o riso adormecido. O tempo é de agonia, o tempo é mulher, o tempo é amigo e os raios do sol são amigos.
 
Diante do céu barrense nublado é de tristes olhos, o céu barrense chora por não ter o sol a brilhar o dia todo. O sol, esse gênio dono do tempo, o sol esse relógio brilhante suspenso nos céus chora, e ainda mais chora eu.  Eu vejo o punhal férreo do tempo, com o tempo apunhala minha juventude, meus dias efêmeros sob essa terra barrense.
 
O tempo senhor de todos e que ver todos passarem. Contudo, eu era bem morto desde a aurora, um ser que já nasceu morto, desde o principio, desde a aurora. O escritor é alguém lançado ao sol poético e o corpo imóvel a secar no sol barrense que rejuvenesce na cova.
 
Barras tem razão, é minha cidade que pensa e é sisuda, Barras tem um cérebro sublime, a terra de marataoan vale um poeta e é o remédio para o tédio de um pobre louco que leva os dias a sonhar  em ser escritor. O insano da Literatura é que é um amante de utopias e de cujas virtudes é um tempo sem Deus. É tempo sem poesias, é tempo de loucura.
 
É um defeito no cérebro do pobre escritor barrense. O pobre escritor barrense pediu em vida, a esmola de lerem seus versos, que aos deuses barrenses suspensos nos céus roga a divina inspiração. Os versos do escritor tremem de miséria e fome por leitores que fazem da literatura barrense, um leito no hospital dos loucos.
 
O dia nublado é gelado de sonhos, mas é vivo que chega a desprezar as rimas dos versos. O dia cansa os braços na escrita e se arrasta como um morto. O dia esvazia o misérrimo sentimento ufanista que nas pedras das lavadeiras do marataoan se emprega de lodo e vício.
 
A terra de marataoan é dos poetas, é de um poeta — apenas isso: Procure amar os poetas da terra dos governadores. Poetas adormecidos, poetas de poesias murmuradas nos lábios como um beijo de moça barrense.Quem não admira o poeta que ama os versos.
 
Poeta que namora os versos. Poetas que pede das esmolas, as rimas que resta nos ricos versos. Deixem os versos, queimem-se os versos que não servem, avance nas estrofes trêmulas que nutrem o trovador barrense.


Nenhum comentário:

Postar um comentário