JOGO
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capítulo 02 |
A história de La marque
Mafagafos
A história que
contarei agora é de um homem chamado La marque Mafagafos e nesse tempo ele tinha
trinta e oito anos. La marque havia amado somente duas mulheres na vida. A
primeira uma mulher sedutora que se chamava Samantha. Ela a mulher de Pedro
Malta, o vaqueiro da Fazenda Rio Doce perto do Mocambo interior de Barras.
La marque quando conheceu Samantha tinha dezoito anos e estava de férias
na Fazenda Rio Doce. Um dia andando a cavalo perto da casa do morador da
fazenda passou a olhar com desejo e interesse na esposa do vaqueiro Pedro Malta.
O vaqueiro Pedro Malta tinha acabado de selar o cavalo, quando o
jovem La marque de férias do colégio Honorina Tito em Barras chegava para
visitar o novo vaqueiro que o pai tinha contratado para a Fazenda Rio Doce.
Samantha recém chegada no lugar aparecia na janela da casa. Ela estava
bebericando o café e disfarçadamente olhava para o rapaz, o filho do patrão que
se aproximava do local. La marque viu quando a mulher o olhou intensamente. Ele
se aproximou de Pedro Malta, com um sorriso meio tímido e iniciou uma prosa
rápida.
—Bom dia, Pedro Malta. Posso ajudá-lo?
Ele um rapaz atraente, no auge dos seus dezoito anos, usando uma calça
jeans, camisa branca com um grande escorpião nas costas e tênis quibamba na cor
azulada. La marque tinha uma postura alinhada e o queixo levemente levantado o
suficiente para demonstrar força e arrogância de um rapaz criado com mel e
leite em Barras.
Seu cabelo era castanho escuro, cortado no estilo militar, pois iria
apresentar-se em abril na Junta Militar em Teresina para servir no Exército
Brasileiro. De cima do cavalo manga larga trotava elegantemente desafiando o
animal e curvando-se para levantar as patas do animal. Assim que levantou as
patas do animal, o cavalo assustou-se e La marque caiu ao chão. Pedro Malta
correu para ajudar o rapaz. Chamou por Samantha que estava cuidando nos
afazeres domésticos. La marque olhou para a mulher que veio toda sensual
vestida de preto.
— Foi só um corte, estou um pouco atrasado - disse ele.
— Espere La marque vou fazer um curativo rápido. Falou Samantha.
Quando a bela mulher tocou a pele, La marque olhando-a nos olhos sentiu
o coração acelerar e um calafrio na espinha. O vaqueiro deixou o rapaz aos
cuidados da esposa e foi cumprir a tarefa diária de retirar o gado do curral para
soltar no pasto. Daquele dia e outros que se sucedera, o jovem La marque era um
visitante habitual da casa do vaqueiro. A mulher tinha os mesmos olhos
penetrantes e a mesma altivez de uma nobreza jovial aos dezoito anos. Era óbvio
que a beleza da mulher do vaqueiro contrastava com a do homem, ele mais velho
do que ela quinze anos.
— É um prazer
ajudá-lo, senhor La marque.
— Senhor não, nós somos da mesma idade, só me chame de La marque, senhor
é para o velho Chico Mafagafos, o meu pai. Disse.
A mulher acompanhou-o até a porta. Ela ficou tímida com um olhar de
soslaio do rapaz ao montar no cavalo e La marque seguia com outro olhar, mais
outro, sem a maior ou menor discrição. Mesmo
assim Samantha ficou para si, sobre o que aconteceu naquele dia.
Pedro Malta era um vaqueiro profissional e experiente já com os cabelos quase
grisalhos e uma fala muito grave que assumia o ar de grotesco e havia se
agraciado da aparência da mulher quando a raptou da casa dos pais por ocasião
de ter trabalhado numa fazenda perto de nossa senhora dos Remédios. O casamento de Samantha durou dois anos.
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