quarta-feira, 11 de abril de 2012
Galápagos- poesias de degredo
CANTADOR
O dedo aponta as negras cinzas da hora,
Que há pouco se fez na mente tão vazia,
O renegado que toca a lira lá fora,
Sendo um mendigo que chora e que ria,
Tremendo os lábios tão doces lentamente,
Vibrando nas cordas dos sons musicais,
Carpindo com os dedos cordialmente,
Cantando e sorrindo os dons lacrimais.
Com as mãos iradas e trêmulas, a esmola,
Da testa o suor escorrendo por dinheiro,
Abrindo a mente convulsiva que descola,
O riso sempre rindo tão singelo e ligeiro,
Lançando no abismo que desflora,
O pobre cantador das flores e do cheiro.
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