domingo, 15 de abril de 2012


Galápagos- poesias de degredo

OLHAR A BEIRA DO MARATOAN

Foto: Joãozinho Sousa
Retinas tão fixa, tão imóveis na cor prateada,

de imagens de nuvens farpas no céu azul,

e tons esverdeados da água na estampa do rio,

A íris desvencilha-se do além,

Da nudez do rio no fim de tarde.

Que corre tão presunçoso, no olhar a beira do marataoan.

Olhar isolado, tão solitário,

que investe o tempo perdido

na solidão barata do entardecer.

O crepúsculo assedia meu Hollywood,

Reclamar para quê?

O teatro solstício, meu caro é lúdico

na canoa ancorado pelo morador na margem de cá.

Sigo a geometria dos seus passos, Víeis cadenciados,

tão macilentos, tão selvagens na argila que tece a escultura.

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