Galápagos- poesias de degredo
OLHAR A BEIRA DO MARATOAN
Foto: Joãozinho Sousa
Retinas tão fixa, tão imóveis na cor prateada,
de imagens de nuvens farpas no céu azul,
e tons esverdeados da água na estampa do rio,
A íris desvencilha-se do além,
Da nudez do rio no fim de tarde.
Que corre tão presunçoso, no olhar a beira do marataoan.
Olhar isolado, tão solitário,
que investe o tempo perdido
na solidão barata do entardecer.
O crepúsculo assedia meu Hollywood,
Reclamar para quê?
O teatro solstício, meu caro é lúdico
na canoa ancorado pelo morador na margem de cá.
Sigo a geometria dos seus passos, Víeis cadenciados,
tão macilentos, tão selvagens na argila que tece a escultura.
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