sábado, 14 de abril de 2012


Galápagos - poesias de degredo

CAPITÃO DE FEIJÃO

Há espaços vazios no prato,
que agônicos entre a farinha,

fluem com os caroços tão
insurretos com o cheiro verde.

Com uma colher de prata
que salga meu paladar.

Procuro a carne na visão,
não encontro a cota dos reais:

só mamãe apertando nas mãos
O capitão de feijão.

Que mata a fome por hoje, mas que agenda
para a manhã a vontade de saciá-la.

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