Galápagos - poesias de degredo
CAPITÃO DE FEIJÃO
Há espaços vazios no prato,
que agônicos entre a farinha,
fluem com os caroços tão
insurretos com o cheiro verde.
Com uma colher de prata
que salga meu paladar.
Procuro a carne na visão,
não encontro a cota dos reais:
só mamãe apertando nas mãos
O capitão de feijão.
Que mata a fome por hoje, mas que agenda
para a manhã a vontade de saciá-la.
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