sexta-feira, 6 de abril de 2012


Galápagos - poesias de degredo

INFÂMIA DOS VERSOS

A infâmia dos versos que escrevo na pena,
De uma literatura de poesias fidalgas e quimera,
De uma ousadia de murmúrios que dissera,
De poema cheio de nódoas que acena,

De um livro de gala que cisma a leitura,
Na glória da espetacular inspiração,
De uma estrofe degolada na doçura,
De trêmulas rimas levianas em ação,

Que teimam em apodrecer no caminho,
Do pensamento que espora a mente,
Enterrando e erguendo tão sozinho,

O verso cortês que blasfema e sente,
No abdômen do leitor rasga feito espinho,
Servindo lacaio ao defunto tão dormente.

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