segunda-feira, 23 de abril de 2012



LITERATURA BARRENSE:

UMA VISÃO CRÍTICA SOBRE O CONTEXTO LITERÁRIO

A Literatura Barrense é feita para uma busca da verdade e de concebidas tradições de um povo, e as estórias de sua gente. É produzida de homens e puramente para homens e mulheres que apreciam a boa leitura.

Nossa literatura é algo sólido, bom e importante para o fazer cultural. Todavia, pode acontecer que me engane, e talvez não passe de um pouco de ufanismo barrense, mas o que eu tomo por bom e importante, é nada mais que um pedaço do grande iceberg literário piauiense.

Sei como estamos sujeitos a nos equivocar no que nos tange a produzir o saber literário, e como também nos devem ser suspeitos nossas produções artísticas, mas ao nosso favor tem a vontade do humilde escritor de criar, de mostrar, difundir o que é nosso.

Porém, estimaria muito mostrar, neste texto, quais os caminhos que segui, e representar nele a minha vida literária nas letras, para que cada leitor possa julgá-la e que, conformado pelos comentários gerais, as opiniões emitidas a respeito dela, seja este um novo meio de me instruir, aperfeiçoar o fazer literário  e o que costumo escrever.

Assim, cada um faz o que gosta, e o meu desígnio aqui não é enaltecer, vangloriar-me, aqui o que pretendo transmitir é o que cada qual deve fazer para o bem da literatura, para o fazer da escrita literária sua razão de ser.

Ás vezes o escritor peca, por apenas  mostrar uma maneira do fazer poético, mas esforço-me para conduzir a minha própria marca de escrita literária. Os que se metem a dar preceitos de assim fazer, devem considerar-se mais hábeis do que aqueles que dão a cara, a tapa.

É preciso corrigir as falhas, as imperfeições do texto, a sintaxe dos períodos e, se encontram na menor coisa, no menor erro, é porque procuram mais os erros no texto do que os acertos, são os que chamo de pessoas por si só censuráveis.

O que propondo aqui é mais uma valorização do escrito barrense, da literatura local que da cores a literatura piauiense, senão como a história literária piauiense iria construir-se. É uma fábula, escritores acharem que a literatura piauiense é uma só.

Sempre que leio artigos literários, alguns exemplos se podem imitar, mas em outros encontraremos talvez, o culto da biografia, também muitos outros o culto da imortalidade acadêmica, e eles tem razão, afinal deve-se seguir suas biografias que valem mais que seus escritos, esperamos dela ser mais útil a literatura piauiense do que ser nociva a cultura.

Desde os tempos de escola que fui nutrido nas letras, desde a infância por leitura, romances, cordéis, e por me haver persuadido de que, por meio do saber, por meio da literatura, se podia adquirir um conhecimento claro e seguro de tudo o que é útil à vida, e por isso sentia o desejo de aprendê-las e um dia produzir algo que ficasse na memória das pessoas.

        Logo que terminei o curso superior, ao cabo do qual eu podia perceber que estava na hora de produzir algo, afinal vivemos uma sociedade que valoriza mais diplomas do que a arte por si mesma, quando procurei um escritor local, mudei inteiramente de opinião e vi que no universo poético, ficcional vale mais o pecuniário do que a intelectualidade.

       Confesso que achava enleado em tantas dúvidas e erros, que me parecia não haver obtido outro proveito no caminho literário do que ficar inerte, procurei instruir-me, li e leio muito, senão o universo literário nos traga e só assim podemos descobrir cada vez mais nossa ignorância.

       E, no entanto, estive e estou lendo  os mais célebres clássicos universais para aprimorar os escritos literários e produzir uma arte genuinamente barrense, onde as pessoas leiam com sapiência, aprendem e ensinem as futuras gerações, percorrendo a literatura barrense com todos os livros que tratam dela, mesmo raros. 

        Além disso, o escritor barrense conhece os juízos de sua obra literária, os outros fazem do "romance Terra de Marataoan", um romance amador, e não via de modo algum, alguém que julgassem inferior aos meus conterrâneos, embora entre eles houvesse alguns já destinados a escrita e biograficamente melhores, mais visíveis, mas aqui venho preencher meu lugar diferente de nossos mestres literários barrenses.

        E, enfim, a nossa literatura barrense parecia-me tão florescente e tão fértil no começo dos séculos, que hoje passa por uma estagnação cultural. Como qualquer dos pretendentes a escritor faço do sol barrense meu lugar. O que me leva a tomar a liberdade de escrever é o pensar literário, tal qual como dantes os escritores barrenses de antigamente faziam e o amor a Literatura e as Letras como fonte inesgotável do conhecimento e fuga das trevas da ignorância.

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