LITERATURA BARRENSE:
UMA VISÃO CRÍTICA SOBRE O CONTEXTO LITERÁRIO
A Literatura Barrense é feita para uma
busca da verdade e de concebidas tradições de um povo, e as estórias de sua
gente. É produzida de homens e puramente para homens e mulheres que apreciam a
boa leitura.
Nossa literatura é algo sólido, bom e
importante para o fazer cultural. Todavia, pode acontecer que me engane, e talvez não
passe de um pouco de ufanismo barrense, mas o que eu tomo por bom e importante,
é nada mais que um pedaço do grande iceberg literário piauiense.
Sei como estamos sujeitos a nos
equivocar no que nos tange a produzir o saber literário, e como também nos
devem ser suspeitos nossas produções artísticas, mas ao nosso favor tem a
vontade do humilde escritor de criar, de mostrar, difundir o que é nosso.
Porém, estimaria muito mostrar, neste
texto, quais os caminhos que segui, e representar nele a minha vida literária
nas letras, para que cada leitor possa julgá-la e que, conformado pelos
comentários gerais, as opiniões emitidas a respeito dela, seja este um novo
meio de me instruir, aperfeiçoar o fazer literário e o que costumo escrever.
Assim, cada um faz o que gosta, e o meu
desígnio aqui não é enaltecer, vangloriar-me, aqui o que pretendo transmitir é
o que cada qual deve fazer para o bem da literatura, para o fazer da escrita literária sua
razão de ser.
Ás vezes o escritor peca, por apenas mostrar uma maneira do fazer poético, mas
esforço-me para conduzir a minha própria marca de escrita literária. Os que se
metem a dar preceitos de assim fazer, devem considerar-se mais hábeis do que
aqueles que dão a cara, a tapa.
É preciso corrigir as falhas, as imperfeições
do texto, a sintaxe dos períodos e, se encontram na menor coisa, no menor erro,
é porque procuram mais os erros no texto do que os acertos, são os que chamo de
pessoas por si só censuráveis.
O que propondo aqui é mais uma valorização do escrito barrense,
da literatura local que da cores a literatura piauiense, senão como a história literária
piauiense iria construir-se. É uma fábula, escritores acharem que a literatura
piauiense é uma só.
Sempre que leio artigos literários,
alguns exemplos se podem imitar, mas em outros encontraremos talvez, o culto da
biografia, também muitos outros o culto da imortalidade acadêmica, e eles tem razão,
afinal deve-se seguir suas biografias que valem mais que seus escritos,
esperamos dela ser mais útil a literatura piauiense do que ser nociva a cultura.
Desde os tempos de escola que fui
nutrido nas letras, desde a infância por leitura, romances, cordéis, e por me
haver persuadido de que, por meio do saber, por meio da literatura, se podia
adquirir um conhecimento claro e seguro de tudo o que é útil à vida, e por isso
sentia o desejo de aprendê-las e um dia produzir algo que ficasse na memória das
pessoas.
Logo que terminei o curso
superior, ao cabo do qual eu podia perceber que estava na hora de produzir
algo, afinal vivemos uma sociedade que valoriza mais diplomas do que a arte por
si mesma, quando procurei um escritor local, mudei inteiramente de opinião e vi
que no universo poético, ficcional vale mais o pecuniário do que a
intelectualidade.
Confesso que achava enleado
em tantas dúvidas e erros, que me parecia não haver obtido outro proveito no
caminho literário do que ficar inerte, procurei instruir-me, li e leio muito,
senão o universo literário nos traga e só assim podemos descobrir cada vez mais
nossa ignorância.
E, no entanto, estive e estou
lendo os mais célebres clássicos
universais para aprimorar os escritos literários e produzir uma arte genuinamente barrense, onde as
pessoas leiam com sapiência, aprendem e ensinem as futuras gerações,
percorrendo a literatura barrense com todos os livros que tratam dela, mesmo
raros.
Além disso, o escritor barrense conhece os juízos de sua obra literária,
os outros fazem do "romance Terra de Marataoan", um romance amador, e não via de modo algum, alguém que
julgassem inferior aos meus conterrâneos, embora entre eles houvesse alguns já
destinados a escrita e biograficamente melhores, mais visíveis, mas aqui venho preencher
meu lugar diferente de nossos mestres literários barrenses.
E, enfim, a nossa
literatura barrense parecia-me tão florescente e tão fértil no começo dos séculos, que hoje passa por uma estagnação cultural. Como qualquer dos pretendentes a
escritor faço do sol barrense meu lugar. O que me leva a tomar a liberdade de escrever é o pensar literário, tal qual como dantes os escritores barrenses de antigamente faziam e o amor a Literatura e as Letras como fonte inesgotável do conhecimento e fuga das trevas da ignorância.
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