segunda-feira, 9 de abril de 2012


Galápagos - poesias de degredo

VISÃO EMBRIAGADA

Os céus de Barras enchem a visão com mil figuras,
Vistas por um beberrão com um copo cheio de vinho,
Assim que os lábios beijam a garrafa com ar de doçura,
No ritual do copo levantado pela mão, tão sozinho,

Encostado nas paredes dos bares da rua do brega,
Extingue suas frustrações e desilusões em cada gole,
Do álcool a nascer e morrer no cuspe nu e cru,
Do escarro do louco na alcova embriagado e tão mole,

Romântico sombrio na floresta do horrendo vício,
Embebido no álcool das ondas de endeusar o amor,
De uma garrafa sem tempo nem segundos de interstício,

De uma mente aniquilada e que se derrete defeituosa,
No silêncio do romantismo, o infeliz bebedor,
Que escreve na garrafa algo tão inútil e desrespeitosa.

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