quarta-feira, 18 de abril de 2012


Galápagos - poesias de degredo

PRAÇA DA MATRIZ

Sentado no banco de cimento da praça,

Deixo o sol pelo lado do monsenhor Bozon,

Sangrar o peito de poeta solitário,

Nas vãs unhas solares e atrevidas,

Espero meu amor, que do matadouro vêm,

Naufragada ao vento da saudade e sem ar

o que serei se ela não chegar.

As farpas do desejo é teia, é a praça,

Que tece os enamorados na matriz,

nas alcunhas dos bancos mornos,

que as réstias do sol caluniaram,

cravando os raios na tarde.

Tento passar o tempo longo,

medir os passos da demora injusta.

Fico a tecer os minutos no último nó,

que me resta no encontro,

A praça senador Joaquim Pires.

Nenhum comentário:

Postar um comentário