Galápagos - poesias de degredo
PRAÇA DA MATRIZ
Sentado no banco de cimento da praça,
Deixo o sol pelo lado do monsenhor Bozon,
Sangrar o peito de poeta solitário,
Nas vãs unhas solares e atrevidas,
Espero meu amor, que do matadouro vêm,
Naufragada ao vento da saudade e sem ar
o que serei se ela não chegar.
As farpas do desejo é teia, é a praça,
Que tece os enamorados na matriz,
nas alcunhas dos bancos mornos,
que as réstias do sol caluniaram,
cravando os raios na tarde.
Tento passar o tempo longo,
medir os passos da demora injusta.
Fico a tecer os minutos no último nó,
que me resta no encontro,
A praça senador Joaquim Pires.
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