sábado, 7 de abril de 2012


Galápagos - poesias de degredo

LENDO MINHA POESIA

Caídos beiços do homem que não vou esquecer,
Do copo de cerveja que avolumava o abdômen,

Que em cada gole do malte que ele consome,
Digeria minha rima insolente e fatigada ao ler,

E no orgulho repetido e do leitor esparramado,
Da cadeira de balanço que ia balançando,

Buscando o entendimento no fio dilacerado,
E o líquido alcoólico um pouco bebericando,

Conserta o óculo na testa com o dedo,
Desfolhando as páginas a cada salivada,

Declamando em silêncio e com medo,
Para não perder o entendimento na estrada,

Dos versos macilentos que vão ao degredo,
Do último gole descendo da mão tão inclinada.

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