Galápagos - poesias de degredo
LENDO MINHA POESIA
Caídos beiços do homem que não vou esquecer,
Do copo de cerveja que avolumava o abdômen,
Que em cada gole do malte que ele consome,
Digeria minha rima insolente e fatigada ao ler,
E no orgulho repetido e do leitor esparramado,
Da cadeira de balanço que ia balançando,
Buscando o entendimento no fio dilacerado,
E o líquido alcoólico um pouco bebericando,
Conserta o óculo na testa com o dedo,
Desfolhando as páginas a cada salivada,
Declamando em silêncio e com medo,
Para não perder o entendimento na estrada,
Dos versos macilentos que vão ao degredo,
Do último gole descendo da mão tão inclinada.
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