terça-feira, 10 de abril de 2012

REPORTAGEM ESPECIAL DO MÊS:


O MOVIMENTO DEGREDISTA


Degredismo é o conjunto de idéias expressadas por literatos que vivem longe da terra natal e através da literatura tentam preencher o vazio deixado pelas reminiscências do passado. O Degredismo tem como objetivo o estudo da ( obra/autor) e o local dessas produções para que o receptor da mensagem compreenda o linear sistema literário e determine a classificação do estilo literário do escrito.

O movimento Degredista é um artístico, político e filosófico que caracteriza as produções artísticas no Piauí. Caracteriza-se como uma visão da obra contrária ao NATIVISMO e busca um parâmetro para definir as obras dos autores piauienses.

O Degredismo proclama-se por si, e por si só, vindo dentre nossa realidade artística atual e cada dia dos nossos dias seqüentes, o movimento artístico que aponta o autor no geral como um compositor de degredo e que qualquer meio de expressão artística fora do meio social que o autor é nascido é de natureza degredista.

Os padrões e as bases adotadas nas obras literárias e anteriores à  produção artística compõe-se de aspectos morais, religiosos e sociais, fazendo uma arte fora do território de origem, que indaga ao receptor sobre a produção e o modo artístico apresentado tido como causa a distância da terra natal. Inicialmente é apenas uma atitude, um estado de espírito, uma idéia utópica, uma teoria literária. 

O Degredismo toma a forma de um gênero e o espírito degredista passa a designar toda uma visão artística centrada na produção da obra longe das raízes pátrias. Os autores degredistas voltam-se cada vez mais para si mesmos, para a terra natal retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos/sociais e desejos de ufanismo longe do local de nascimento.

O termo Degredista refere-se ao movimento estético ou, em um sentido mais lato, à tendência degredista e poética de alguém que carece do sentido longínquo para produzir artes. O Degredismo surge no Piauí em uma época em que o ambiente intelectual é de grande rebeldia. 
Na política, caem os sistemas de governos corruptos e surge uma Política de Justiça Social. No campo social impera o inconformismo das massas, ascensão e surgimento das redes sociais como ferramenta na era da internet. No campo artístico, o repúdio às obras de origens nativas e falseadas ou capetaneadas. O degredista é o autor clímax do século de oposição a falsa literatura de berço, nativa, de autores que produzem mais com suas biografias.

Alguns autores degredistas já nutriam um sentimento mais tarde dito de degredo antes do nascimento de fato das suas obras, sendo assim chamados pré-degredistas. O Degredismo surge inicialmente como o Movimento de Degredo. No Brasil, especialmente no Piauí, o Degredismo, é de fundamental importância na definição e identidade dos autores da literatura brasileira e piauiense, iniciada no século XVIII, com o movimento nacionalista romântico do maranhense Gonçalves Dias com sua “Canção do Exílio”.

O Degredismo viria a se manifestar de formas bastante variadas nas diferentes artes, estilos literários e marcaria, sobretudo, nossa literatura À medida que as escolas literárias foram sendo explorada no Brasil e uma definição mais especifica construía-se, foram surgindo autores cuja produção literária deu-se fora dos limites patrióticos. Daí surgir no século XXI, o movimento que dar forma ao DEGREDISMO.

No Brasil, especialmente no Piauí, o Degredismo coincidi com as produções literárias produzidas a partir da transferência da capital de Oeiras, para Teresina. São os principais poetas degredistas piauienses, segunda classificação do movimento, Ovídio Saraiva (poemas. Lisboa/Portugal), Leonardo das Dores (Portugal) ( Da Costa e Silva/Recife) e etc.

O movimento degredista dado ao estilo artístico que floresce no começo do século XXI, inicialmente em Teresina – Piauí e difundi-se ao esplendor exuberante dos literatos. De certo modo, o Degredismo é uma continuação natural do criacionismo da arte, porque compartilha do profundo interesse pela arte de degredo, embora a interpretando diferentemente, o que teria resultado em diferenças na expressão artística de cada autor.

Enquanto isso, o Degredismo tem na qualidade de criação extra território, economia formal, austeridade, equilíbrio e harmonia nas mais buscadas artes, o tratamento degredistas como dinamismo, contrasta mais forte, dramaticidade, exuberância, realismo e uma tendência da produção de degredo, além de manifestar a tensão entre a materialidade opulenta da produção artística e o local. Todo autor por natureza é uma degredista. 
Essas características são evidentes ou se apresentam todas ao mesmo tempo. Há uma grande variedade de abordagens estilísticas dos autores, que são englobadas sob a denominação genérica de "arte de degredo". As mudanças introduzidas pelo espírito degredista se originam, pois, de um profundo respeito pelas conquistas das gerações anteriores, e de um desejo de produzi-las com a criação de obras longe do berço nativo, dentro de outros contextos sociais e culturais que já se havia modificado profundamente em relação à terra natal.

Etimologia
Usualmente, considera-se que termo "degredo", não segue a sinonímia original da palavra. Degredismo surge do consistente afastamento compulsório da terra natal por certo tempo ou por toda vida, na forma desterro e exílio por motivos sociais, culturais e econômicos.

Características do Degredismo:
§  Publicidade das Obras: Pela falta de topografias, gráficas e editoras no local de origem do autor.
§  Contemporaneidade: Descreve as produções literárias no tempo como algo que se produz longe da terra natal.
§  Contexto social: aspectos culturais, sociais e econômicos interferem nas produções do autor degredista.
§  Centros: Busca por novos centros culturais e público.

Contexto Social
Politicamente o Piauí perde muito prestígio e força com os políticos, mas culturalmente continua a ser a menor potência brasileira, o período de transição do Pós-Vanguardismo para o Milenismo. Embora tenha o degredismo assuma características agora na história literária, o surgimento está intimamente ligado às produções literárias, onde, como já se disse, o artista desempenha um importante papel no cenário literário piauiense e brasileiro.

Nesse novo contexto, o artista piauiense no sofisticada Milenismo encontra lugar, e se tornar especialmente próprio para a representação das produções literárias. Outro elemento de importância para a formação da estética degredista foi a consolidação das produções literárias dos nossos autores que através da arte procuram consagrar os valores que defende. 

O contexto social que floresce no Degredismo, é marcado por numerosas mudanças na situação política piauiense e brasileira pelo conflito constante. Na economia a principal mudança é a formação de um sistema de mercado internacional através do desenvolvimento do sistema agrícola  como uma das bases de funcionamento. 

Nesse espírito se encaixaram a religião, a filosofia moral e as ciências, na tentativa de melhor estudar a natureza e motivações do ser humano, a fim de que o conhecimento resultante fosse usado para fins práticos definidos. Na cultura, a busca do conhecimento, desejado pelo Internetismo agora se reveste de um caráter tático, racional e  utilitarista da tecnologia. 

E a partir da busca do conhecimento e domínio, se acredita que conhecer o íntimo de todos os homens, e se pode dominar a natureza e o ambiente social com mais facilidade, um processo que fica explícito nas obras degredistas. Esse conhecimento possibilita ainda que se faça previsões sobre tendências e comportamentos futuros, individuais e coletivos, aproveitando oportunidades e evitando desgraças. Nesse sentido, a cultura degredista é essencialmente pragmática e regulada pela definição da relação autor/obra.

O Degredismo começa a ser estudado seriamente nesse século XXI pelo teórico Joaquim Neto Ferreira que têm tentado definir-lhe seus contornos, mas essa tentativa prova-se dificultosa, e pouco de consenso é conseguido. O estudo aborda ainda pouco o tema, que se descreve contrapondo-se aos movimentos modernistas que não definem traços genéricos principais: o privilégio da obra degredista e do autor sobre a linha territorial e o contexto social de produção artística; da profundidade sobre os autores no decorrer do tempo; 
das obras abertas ( Obras Nativista, ex. obras machadianas) 
sobre as obras fechadas( obras Degredistas, ex. Gonçalves Dias, Torquato Neto ( Rio de Janeiro); da imprecisão sobre a clareza, e da unidade sobre a multiplicidade. Sua definição não é ainda tomada como o ponto de partida de muitos estudos contemporâneos sobre os autores degredistas e suas produções extra-territórios.

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