Crônica: Barras, uma noite poética…
Vamos barrenses abramos a janela… Deixamos a noite entrar, entra noite… É noite na terra de marataoan… E outrora eu poeta amo a noite barrense com se o silêncio suave e incompleto da rima na perfeita poesia fosse flores aos amantes.
O sentido literário da noite barrense é além da base consciente do nosso ser… Hoje à noite… Não quero mais, não quero mais, não quero que passe e nem volte à saudade das inocências e nem as ignorâncias dos que dormem sem a noite poética.
Barras uma noite poética que nos torna almas transparentes no trovar do poeta. Eu poeta, tu poeta, ele poeta nunca mais, nunca mais verá noite igual com uma lua romanesca, estrelas versadas de brilho, nunca mais e a solene cena marataoan refletir seus raios prateados.
As cores da nossa noite poética desmaiam sobre o respirar dos paralelepípedos do centro da cidade e é um respirar silente… E eu podendo chorar a distância (choro a saudade) [Nem mesmo] as lágrimas do eu poeta poderia ser achadas. São lágrimas amargas, lágrimas de outrora, lágrimas que lembram o orvalho da noite.
Oh, a noite poética barrense é cheia de alegrias, e eu não posso chorar!Hoje eu sinto as alegrias dessa noite, mas há quem pensa que não. O eu poeta é eu lírico, cujo amargo e desventura vem do pensar a crônica. A noite poética barrense busca um clássico do leão do marataoan no campestre Juca Fortes.
A noite poética barrense já nem sequer pode dizer-vos: Venha noite, venha noite! Nem sequer o pensamento do cronista a viu passar. Já ouço o impetuoso vento da brisa marataoan circular ruído da noite a arrastar folhas secas, e , num vago abrir de olhos na noite, a luz da lua sinto a palidez do dia.
O vento sopra levando a noite barrense e deixa assim que seja como um fresco lençol puxado pela sombra e o silêncio de mim adormecido.
A noite barrense não dormi— ah, dormir!
Dormir é deslizar suave e brando para a inconsciência. É sonho artificial do apagar dos sentidos docemente. As noites barrenses não sabem de que maneira é carpie diem. Noites alegres do ser desconhecido que habita o mistério. Não sei que tempo a noite é vaga, mas sei que atravessei febril e sem a ausência do ser poético.
Agora não sei o que há na noite barrense, que sobrenada é escrita nos papeis que queimei, na crônica que destruí, só sei que a noite poética barrense é tudo por ficar bem assim na escrita, resta-me apenas um desejo ermo de amar e de sentir as noites poéticas barrenses.
[...] Uma noite poética barrense aos poetas é pesada e um fardo da grandeza alegre de amor!
(*) Joaquim Neto Ferreira
(*) Leia as obras do autor via SCRIBD e faça download dos livros “Na Essência da Alma Poética” ( 2009) – O polêmico romance “Terra de Marataoan” ( 2011) – “Galápagos- poesias do degredo” (2011).
Nenhum comentário:
Postar um comentário