sábado, 2 de junho de 2012

NA ESSÊNCIA DA ALMA POÉTICA - POESIAS GÓTICAS - 2009


HOMEM DAS TAVERNAS


Pelos burgos e tavernas,
Dos feudos das cidades,
Andarilho errante das cavernas.
Dos bacanais de iniqüidade.


Sórdido nos bares da vida,
Levando em cada gole a orgia,
Curando então as feridas,
Num anuncio de alegria.


De uma falsa dispersão,
De uma viagem louca no além,
Que no álcool disse amém,


De uma ilusão entorpecida,
Ser excremento a vagar,
Sua realidade esquecida.


MADRUGADAS


Nas madrugadas de estrelas brilhantes,
Da janela do quarto, via na escuridão,
O grito do silêncio na noite, a solidão.
E sozinho lembrava-me de como era antes.


As noites negras de minhas tristezas,
Ser minha companheira e amante,
Consolar-me com seu fel e suas friezas,
Adocicar-me amargamente com seu calmante.


As doces desilusões que um dia acreditei,
Na insônia do longo descontentamento,
Que pra mim era um grande tormento,


Levado na saudade dessa noite, o pesadelo,
Dos lindos dias de minha infância que sonhei,
Num riso irônico que se foi e não disse adeus.

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